O Palmeiras desperdiçou nesta quinta-feira a chance de reassumir a liderança do Campeonato Brasileiro. Com o lesionado Fernando Prass nas arquibancadas da Arena Condá, o Verdão teve de superar uma falha do goleiro Vagner para empatar por 1 a 1 com a Chapecoense, pela 18ª rodada. Mesmo sem vencer há três jogos, a equipe do técnico Cuca se beneficiou de outros resultados e subiu para a segunda colocação, com 33 pontos – o Santos é o líder por ter saldo de gols superior.
Com relação ao time que foi derrotado por 3 a 1 pelo Botafogo, no último domingo, Cuca promoveu a entrada de Tchê Tchê, que voltou de suspensão, e trocou Róger Guedes pelo atacante Dudu. O Palmeiras mostrou que era melhor tecnicamente que a Chapecoense, mas a falha de Vagner possibilitou que Kempes abrisse o placar, aos 29 minutos do primeiro tempo.
Pela Chapecoense, o goleiro Danilo se destacava e neutralizava as investidas dos alviverdes. O arqueiro só não conseguiu defender uma cobrança de pênalti do lateral Jean. Aos 40 minutos, o jogador aproveitou a infração duvidosa que o árbitro marcou em cima de Cleiton Xavier e empatou a partida.
O último jogo do Palmeiras no primeiro turno será disputado no próximo domingo, contra o Vitória, no Palestra Itália. Já a Chapecoense, na décima colocação, com 24 pontos, tentará surpreender o Atlético-MG, na segunda-feira, no estádio Independência.
O Jogo – O Palmeiras evoluiu tecnicamente com a volta de Tchê Tchê no meio-campo. O time iniciou a partida prendendo a bola na intermediária e trocando passes, mas foram poucas as vezes em que os atletas converteram o domínio em chances de gol. Aos 13 minutos, o Verdão fez jogada ensaiada numa cobrança de escanteio e Thiago Santos cabeceou para defesa do goleiro Danilo.
Aos 19, Dudu mandou um chute fraco e de muito longe, permitindo que Danilo praticasse a defesa em dois tempos. Três minutos depois, Dener respondeu para a Chapecoense ao receber lançamento nas costas do lateral Zé Roberto e finalizar à esquerda de Vagner.
Apesar de ter maior posse de bola e dominar a partida, o Palmeiras seguiu incapaz de furar o bloqueio defensivo da Chapecoense. A ineficiência castigou o time aos 29 minutos. Hyoran cobrou falta da direita e Vagner furou na hora de socar o cruzamento para longe. A falha do goleiro deixou Kempes livre para dominar e empurrar a bola para o gol aberto.
A desvantagem prejudicou o estilo de jogo do Palmeiras. O frango levou a torcida a demonstrar insegurança a cada toque na bola de Vagner. Já Dudu continuou sumido e apareceu poucas vezes até o fim do primeiro tempo. A única chance criada partiu da Chapecoense, após Hyoran buscar o chute colocado e mandar para fora, aos 45.
Para o segundo tempo, Cuca sacou o volante Thiago Santos para a entrada de Cleiton Xavier. A formação ofensiva fez o Palmeiras se manter por mais tempo no campo de ataque. Moisés, aos quatro minutos, arriscou de longe e parou na defesa de Danilo. O rebote caiu nos pés do lateral Jean, que finalizou de primeira e também esbarrou no goleiro da Chapecoense.
Sem alcançar o empate, Cuca tirou Erik e apostou no centroavante Lucas Barrios. Aos 17 minutos, Jean bateu bem na bola da entrada da área e viu Danilo espalmar para longe. Já Vagner seguiu atrapalhando a atuação palmeirense. Aos 18, o goleiro por pouco não cometeu um pênalti ao dar um carrinho dentro da área em Hyoran. Driblado, ele só não sofreu o gol porque Zé Roberto afastou a finalização em cima da linha.
Cansado da apatia de Dudu, Cuca fez a terceira alteração ao trocar o camisa 7 pelo argentino Allione. O Palmeiras, então, chegou ao empate com um pênalti duvidoso. Cleiton Xavier invadiu a área pela direita, foi tocado levemente pelo volante Gil e valorizou a queda para que o árbitro apontasse a infração. Na cobrança, Jean bateu fora do alcance de Danilo e acertou o canto esquerdo do gol.
O Palmeiras ainda teve duas chances nos minutos finais, mas Danilo salvou a Chapecoense de uma derrota. Aos 44, Cleiton Xavier completou cruzamento de Allione e parou nas mãos do goleiro. Na sequência, Moisés chutou da entrada da área e também teve a finalização defendida.