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Palmeiras perde em casa do Nacional

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O Palestra Itália recebeu o seu maior público em 2016, com 37.073 pagantes, e o Palmeiras teve um jogador a mais desde a expulsão de Fucile, aos 43 minutos do primeiro tempo. Léo Gamalho ainda recebeu o vermelho nos acréscimos. Mas a noite desta quarta-feira só serviu para complicar o Verdão na Copa Libertadores da América: o time perdeu por 2 a 1 para o Nacional do Uruguai.

A equipe de Montevidéu soube marcar o Verdão, mesmo com os lentos ex-palmeirenses Victorino e Eguren na zaga, e abriu 2 a 0 quando ainda tinha 11 em campo. Nico López, que chegou a acertar a trave finalizando de calcanhar pouco antes, fez o seu aos 37 e Barcia ampliou três minutos depois.

Quando Fucile foi expulso, recebendo o segundo amarelo por falta em Gabriel Jesus, a torcida vibrou. A comemoração aumentou quando o próprio Jesus descontou, ainda aos 48 minutos do primeiro tempo. O telão da arena até exibiu imagens da histórica virada alviverde sobre o Flamengo, na Copa do Brasil de 1999, para inflamar os presentes. Mas o que funcionou depois do intervalo foi a cera do Nacional, que ainda teve Léo Gamalho recebendo o vermelho por entrada em Egídio aos 47 da etapa final.

O 50º jogo de Libertadores da história do Palestra Itália (34 vitórias, 11 empates e cinco derrotas) deixou o Palmeiras dividindo a segunda colocação do grupo 2, com os mesmos quatro pontos do Rosario Central e igualado em todos os critérios com o time argentino. O Nacional passa a liderar a chave, agora com cinco pontos.

O Verdão, que teve o auxiliar Tico dos Santos no banco porque Marcelo Oliveira cumpriu suspensão por ter sido expulso na rodada anterior, joga novamente pelo torneio continental no dia 17, em Montevidéu, visitando o Nacional. Antes, o Palmeiras enfrenta o São Paulo, às 11 horas (de Brasília) de domingo, no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista.

O jogo – O Palmeiras veio repetindo a escalação e a estratégia do primeiro tempo diante do Rosario Central. O losango no meio-campo, com Robinho se aproximando da linha de frente pela direita e Dudu solto para se juntar a Gabriel Jesus, foi repetido. Cristaldo ainda se mexia para dar opções de passe.

Como já era previsto, a velocidade deu certo inicialmente. O Nacional tinha os lentos Victorino e Eguren, volante de origem, como zagueiros. Ambos conhecidos da torcida palmeirense exatamente pela incapacidade de acompanhar os rivais na correria. Explorando a deficiência, com menos de dez minutos, o Verdão fez o goleiro Conde trabalhar em chute de Dudu e bola desviada por seu colega, Romero.

O Palmeiras, contudo, se sentiu confortável demais com a vantagem técnica, e foi acumulando erros. Robinho não acertava nada pela direita com Lucas e, pelo outro lado, Jean se desdobrava para tentar ajudar Gabriel Jesus. O problema é que a equipe não usava a esquerda de seu ataque, até porque Dudu insistia em carregar a bola.

Os donos da casa não percebiam o simples: qualquer tabela deixava alguém na cara do goleiro, como ocorreu com Gabriel Jesus, que chutou fraco, nas mãos de Conde aos 33. O Nacional, que se acumulava no terço central do gramado, resolveu soltar seus meio-campistas e explorar as laterais defensivas palmeirenses. Foi o necessário para balançar as redes.

A defesa mal cortava na primeira trave e, aos 35 minutos, Nico López estava livre na pequena área para dar de calcanhar, acertando a trave. Dois minutos depois, o atacante levou a jogada mais a sério, pegando a sobra na área e limpando adversários até estufar as redes. Ficou pior aos 40, quando o árbitro não marcou falta em Cristaldo e, na sequência da jogada, Barcia arrancou sem ser incomodado para bater na saída de Prass.

Os palmeirenses, do campo e das arquibancadas, tentavam assimilar o golpe quando a lentidão uruguaia, enfim, deu resultado. Aos 43 minutos do primeiro tempo, Fucile cometeu falta dura em Gabriel Jesus, recebeu o segundo cartão amarelo e acabou expulso. A torcida vibrou e o Nacional passou a abusar das provocações, tentando igualar o jogo numericamente.

A esperança alviverde se materializou de vez aos 48 minutos, quando Gabriel Jesus aproveitou passe de Robinho que deu errado e mostrou tranquilidade para limpar o goleiro antes de balançar as redes. Com um a mais, a expectativa era de que o time sufocasse o Nacional em busca da virada.

Os primeiros minutos do segundo tempo confirmaram a previsão, com Vitor Hugo, sozinho, mandando rente ao travessão, aos dez minutos. Mas o Verdão foi diminuindo seu ritmo, nem parecendo que tinha um jogador a mais, e o auxiliar Tico dos Santos atendeu em segundos o pedido da torcida, colocando Allione. Mas desmontou seu meio-campo, sacando Jean.

A situação foi piorando por problemas físicos. Thiago Martins machucou o tornozelo direito após receber entrada dura de Fernández e Cristaldo sentiu lesão muscular. O Palmeiras queimou as substituições restantes, colocando Egído (o volante Thiago Santos virou zagueiro e Zé Roberto passou a ser volante) e Alecsandro em campo. Mas os erros continuaram se acumulando. Melhor para o Nacional, triunfante com sua cera e só lamentando outra expulsão, a de Léo Gamalho, por entrada em Egídio já nos acréscimos.

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