O Palmeiras entrou em campo nesta quinta-feira para o “duelo dos Palestras” diante do Cruzeiro disposto a provar que o espírito de campeão ainda existia dentro do grupo e que tantos os jogadores quanto o técnico Wanderley Luxemburgo estão com a cabeça totalmente focada no clube. E conseguiu em grande estilo, batendo o até então invicto Cruzeiro com uma incontestável virada: 5 a 2.
O nome do jogo foi o meia Diego Souza. Surpreendentemente barrado no início da partida, o jogador foi chamado por Luxemburgo já aos 32 minutos para substituir Léo Lima. E fez sua melhor partida com a camisa do Verdão, participando do gol da virada, marcado por Valdívia, e deixando o seu nas redes de Fábio.
O resultado leva o Verdão a dez pontos contra 13 dos mineiros e traz de volta à paz ao Palestra, abalada após a derrota para os reservas do Sport, em Recife, no último domingo.
Agora, os dois Palestras encaram um período de recesso no Campeonato Brasileiro para acompanharem os jogos da seleção brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010. Os mineiros voltam a campo no sábado, dia 21, para encarar o Figueirense, no Mineirão. No dia seguinte, o Palmeiras vai a São Januário encarar o Vasco da Gama.
O Verdão entrou em campo nesta quinta-feira mudado, com Diego Souza e Denílson barrados por Martinez e Kléber. O time começou bem a partida, mas levou um susto quando o árbitro Heber Roberto Lopes marcou pênalti ao ver a bola bater no braço do zagueiro Henrique. Guilherme cobrou bem e, aos 17 minutos, colocou os mineiros na frente.
O gol dos visitantes chegou a desestabilizar o Verdão, que só não desceu para os vestiários em desvantagem graças ao goleiro Marcos, que salvou gol certo de Ramires, e a Thiago Martinelli, que derrubou Valdívia dentro da área, foi expulso e proporcionou a Alex Mineiro a oportunidade de deixar tudo igual aos 30 minutos: 1 a 1.
Na seqüência, Luxemburgo colocou Diego Souza em campo no lugar de Léo Lima e o Palmeiras cresceu, quase chegando à virada com o próprio camisa sete, de cabeça, aos 43 minutos, após cruzamento preciso de Kléber.
”Covardia” castigada: Na etapa final, Adílson Batista deixou claro que um ponto estava de bom tamanho para o Cruzeiro, ainda invicto no Brasileirão, ao sacar Guilherme, seu único atacante (Marcinho, um dos melhores em campo, já havia sido sacado), para a entrada de Henrique, jogador com características mais defensivas.
A falta de ousadia do treinador mineiro acabou custando caro. Depois de muito tentar, o Palmeiras foi recompensado com um golaço para decretar a virada. Aos 13 minutos, Leandro cruzou na área para Diego Souza ajeitar de cabeça e Valdívia, com um lindo chute, colocar 2 a 1 no placar.
Inspirado depois de sentar 32 minutos no banco, Diego Souza continuou arrebentando com o sistema defensivo do Cruzeiro. Aos 24 minutos, o camisa sete recebeu de volta o presente que havia dado a Valdívia e, mesmo desajeitado, marcou o terceiro gol. Na comemoração, tirou a camisa, desabafou e levou cartão amarelo. Com certeza será perdoado por Luxemburgo.
Perdoado também será o goleiro Marcos, que se atrapalhou em chute de Charles e engoliu um “frangaço” aos 32 minutos. Não deu tempo nem para lamentar. Logo na seqüência, Henrique, de cabeça, completou cobrança de falta de Leandro para marcar 4 a 2, ampliar o placar e, na comemoração, atravessar todo o campo para celebrar a vitória com um caloroso abraço no capitão Marcos. Ainda houve tempo para Alex Mineiro, de carrinho, marcar mais um e completar a festa nas arquibancadas.