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Palmeiras garante 4 a 1 na volta ao Pacaembu

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Desde 14 de maio, quando o time foi eliminado da Libertadores em derrota para o Tijuana, o torcedor palmeirense não via seu clube no Pacaembu. E nesta sexta-feira, na volta da equipe à capital, assistiu a algo inédito: diante do ABC, dono da pior campanha na Série B do Brasileiro, Wesley marcou seu primeiro gol pelo Verdão e participou de outros dois gols na vitória por 4 a 1 que faz o time terminar a noite na vice-liderança.

Wesley foi decisivo repetindo o que Charles fez nos 4 a 0 sobre o Oeste no sábado, aproveitando os espaços e as jogadas criadas com a movimentação do trio ofensivo formado por Valdivia, Leandro e Vinicius. O camisa 11 garantiu os três pontos à equipe ainda no primeiro tempo.

Aos 19 minutos, Valdivia executou desarme no campo de defesa e foi até a área adversária para tocar para Leandro que, da meia-lua, viu Wesley chegar de trás sem marcação de trás, com tranquilidade para desencantar no Verdão após 33 jogos. Quatro minutos depois, o volante recebeu e ajeitou para Luis Felipe ver seu cruzamento virar um golaço.

Depois do intervalo, Wesley ainda lançou para Charles entrar livre na área e só ser derrubado com falta, sofrendo pênalti que Vinicius converteu aos 17 minutos. Aos 30 minutos, Serginho também desencantou, e, com uma linda finalização para encobrir o goleiro, fez seu primeiro gol pela equipe e transformou o triunfo em goleada. O gol de honra do ABC de Gilcimar, no último lance, de nada adiantou.

O clube atingiu 18 pontos e fica em segundo lugar na Série B, ao menos, até este sábado. Se o Joinville, em casa, não vencer a líder Chapecoense, que tem um ponto a mais do que o Palmeiras, o Verdão termina a oitava rodada na vice-liderança.

No dia 20, o Palmeiras visita o Figueirense, às 16h20 (de Brasília). No mesmo dia, mas às 21 horas, o ABC recebe o Joinville no Frasqueirão, em Natal (RN), na tentativa de melhorar sua péssima campanha – em oito rodadas, foram seis derrotas e dois empates, sendo o clube o único participante do torneio a não ter vencido nenhum jogo até agora.

O jogo – Desde o início de sua passagem pelo Palmeiras, Gilson Kleina só mexe em time que vence no caso de lesões e suspensões, e ele repetiu essa estratégia diante do lanterna na Segundona. Mas a formação com três volantes não significou uma supremacia nos minutos iniciais do confronto.

Com um bloco de seis jogadores envolvendo os trio ofensivo do Verdão para marcá-lo e impondo pressão na zaga que voltou a mostrar insegurança com André Luiz, o clube de Natal levou perigo nos primeiros dez minutos, exigindo boa defesa de Fernando Prass e deixando a torcida alviverde apreensiva com um chute que passou rente à trave do camisa 25.

O Palmeiras, então, mostrou empenho e humildade para, mesmo como anfitrião e contra a pior equipe da segunda divisão nacional, recuar com o time todo até seu campo. O primeiro resultado da postura, que buscava se aproveitar da melhor condição física palmeirense para ser letal no contra-ataque, foi jogada de Vinicius que Wesley isolou aos dez minutos.

Aos 14 minutos, Valdivia personificou a postura honesta do time, roubando a bola no campo de defesa e levando até a área, de onde tocou para Leandro rolar para Wesley, em mais uma jogada vindo de trás, ser, pela primeira vez no Palmeiras, eficiente em uma finalização, abrindo o placar.

O ABC percebeu que se empolgou demais, mas não teve tempo nem qualidade para se recompor. E ainda faltou sorte. Aos 21 minutos, Leandro, praticamente debaixo do gol, desviou cruzamento para fora. Mas, aos 23, Wesley rolou para Luis Felipe cruzar, e o que era para ser um passe do lateral direito se tornou um forte chute que balançou as redes do ABC.

Com vantagem no placar, o Verdão pôde controlar o confronto com calma, de maneira tão tranquila que reacendeu o visitante. No início do segundo tempo, Prass teve que trabalhar para evitar o gol potiguar. Até que Wesley reapareceu de novo, dessa vez, aos 17 minutos, lançando para Charles entrar livre na área e ser derrubado com falta. A torcida pediu que Valdivia batesse, mas foi Vinicius quem cobrou deslocando o goleiro.

Quando os torcedores já preparavam o grito de “olé”, Serginho, que tinha saído do banco de reservas pouco antes, teve liberdade para dominar na frente do goleiro e mostrar qualidade encobrindo o adversário, fazendo a bola cair mansamente nas redes. O “olé” no Pacaembu, então, se confirmou, apenas à espera do apito final da segunda goleada seguida do Palmeiras na Série B do Brasileiro. O gol de Gilcimar, no último lance, não serviu para estragar a festa.

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