No primeiro jogo após o Derby do Campeonato Paulista, o Palmeiras tentou deixar de lado todas as polêmicas, mas não conseguiu mostrar um bom futebol nesta quarta-feira e, mesmo marcando com Keno aos 44 minutos do segundo tempo, sofreu o empate do Boca Juniors em gol de Tevez, aos 46, pela Copa Libertadores, no Allianz Parque. Antes, a impaciência dos 37.192 presentes foi aparecendo aos poucos, resultou em vaias para Lucas Lima e Borja, e ao apito final, para todo o time.
Antes de a bola rolar, a torcida fez questão de separar a partida desta noite do que aconteceu no último final de semana: “Federação, vai se f…., o meu Palmeiras não precisa de você”. Em campo, porém, (a falta de) futebol do time pouco mudou.
As duas equipes vieram para o primeiro tempo com esquemas táticos e propostas de jogo muito parecidas. O Palmeiras no 4-2-3-1 se postava quase igual ao 4-1-2-3 do Boca Juniors, e ambos defendiam quase a partir do meio-campo, com suas formações compactas e bom postadas. Resultado: ninguém jogou na primeira etapa.
No Verdão, o principal problema foi a enorme quantidade de passes errados. No quesito, Keno foi o destaque negativo, mas até Felipe Melo e Jailson erraram toques. Além disso, a improdutividade de Lucas Lima e os consecutivos erros de Borja, tanto para fazer o pivô, quanto para dominar a bola, também prejudicaram.
Na reta final do primeiro tempo, Roger Machado inverteu o posicionamento de Keno e Dudu. Com o capitão na esquerda, surgiu a única chance de gol, já no final dos primeiros 45 minutos, quando o camisa 7 virou o jogo para Lucas Lima, que chegou sozinho, mas quis finalizar de primeira e mandou fraco para fora.
Para a etapa final, pouco mudou e, com apenas 11 minutos, Roger sacou Borja e colocou Willian, que passou ao comando de ataque alviverde. O colombiano deixou o campo sob algumas vaias, mas nada próximo às ouvidas por Lucas Lima, que saiu para a entrada de Moisés pouco depois.
A partir da metade final do segundo tempo, o jogo ganhou em emoção e ficou mais aberto. O Boca, que atacava com oito, e sem a bola deixava apenas Ábila na frente, foi tendo dificuldades físicas em manter seu esquema de jogo. Isso, aliado às mudanças de Roger Machado, permitiram que o Palmeiras ganhasse presença ofensiva.
A melhora palestrina resultou em chances criadas pela equipe, especialmente com a participação de Keno, que subiu de produção na etapa final. Entretanto, o Verdão pecou nas finalizações de fora da área, e na falta dela, em jogada que Willian poderia ter rolado para Moisés.
Com Keno, o mais lúcido dos últimos 45 minutos, o gol do Palmeiras saiu aos 44. Jara furou na saída de bola, Guerra atacou pela esquerda e cruzou de três dedos para o camisa 11 completar de primeira para as redes.
O Allianz Parque veio abaixo com o tento, mas a festa durou menos de três minutos. No primeiro ataque xeneize, Antônio Carlos voltou a falhar feio, furou, e Pavón levou para a linha de fundo. O atacante cruzou na área e Tevez desviou para as redes. Depois disso, houve tempo apenas para as vaias das arquibancadas ao apito final.