Obina e Keirrison balançaram a rede neste domingo e quebraram um longo jejum sem marcar. Mas Pedrão brilhou mais. O Palmeiras abriu dois gols de vantagem sobre o Barueri no segundo tempo, mas sofreu o empate, por 2 a 2, com dois gols do artilheiro do último Campeonato Paulista.
Com o empate, o time de Wanderley Luxemburgo soma agora cinco pontos em quatro rodadas e é o 11º colocado. Já o Barueri chega a três pontos, em 16º. Daqui a sete dias, o Palmeiras receberá o Vitória, no Estádio Palestra Itália. Também no domingo, o Barueri visita o Goiás, no Serra Dourada.
Em seu segundo jogo com a camisa do Palmeiras, Obina anotou seu primeiro tento na temporada, vencendo o goleiro Renê aos 11 minutos da etapa final – cena que não protagonizava desde 30 de novembro do ano passado. Já Keirrison ampliou aos 15, quebrando um jejum de não marcar desde 9 de maio. Pedrão, no entanto, deixou tudo igual com gols aos 17 e aos 30, este último aproveitando passe errado do goleiro Marcos.
O jogo – Ainda sem contar com Willians, machucado, Wanderley Luxemburgo desistiu de jogar com Diego Souza adiantado no ataque e escalou Obina como titular ao lado de Keirrison. Outra novidade era o esquema: o zagueiro Mauricio Ramos estava suspenso por ter sido expulso no clássico contra o São Paulo e cedeu vaga para o volante Mozart, fazendo o Verdão voltar ao 4-4-2, tática preferida de seu técnico.
O Barueri também veio com novidade. Preocupado com o sistema ofensivo adversário, Estevam Soares optou por jogar com três zagueiros. Mais do que um maior número de defensores, o primeiro obstáculo da dupla de ataque alviverde eram seus próprios jogadores. No primeiro tempo, Keirrison e Obina erraram praticamente todas as vezes que tentaram dominar a bola ou até mesmo quando tocavam passes.
Se os homens de frente não resolviam, Mozart se arriscou na frente e fazia bela jogada driblando dois marcadores com um toque de cabeça. Um dos adversários, porém, era o estreante zagueiro André Luiz, ex-Santos, Cruzeiro e Botafogo, que fez falta, aos quatro minutos. O próprio Mozart foi para a cobrança e bateu de canhota com perigo, tocando nas redes pelo lado de fora.
A oportunidade animou os comandados de Luxemburgo, que dominaram as ações nos primeiros minutos. O obstáculo, entretanto, continuava nos seus atacantes. Aos nove minutos, Diego Souza puxou rápido contra-ataque e tabelou com Cleiton Xavier. De primeira, o camisa 7 tocou para Keirrison. Mesmo com Obina livre ao seu lado, o centroavante bateu, em cima de Daniel Marques, que bloqueou também o rebote do ex-flamenguista.
Os lances, entretanto foram um dos poucos de emoção nos primeiros 45 minutos. Os visitantes tentavam aproveitar as grandes dimensões do campo e, para ajudar no ataque, Diego Souza abriu pela direita, à espera de passes de Cleiton Xavier. O problema era que o camisa 10 não acertava os lançamentos, travando as descidas alviverdes. Nem a disposição de Armero, figura constante na frente, ajudava.
Do outro lado, o Barueri tentava achar espaços com lançamentos para o seu lado esquerdo, onde tinha os velozes Márcio Careca, Fernandinho e Thiago Humberto. Logo nos primeiros minutos, contudo, Luxemburgo colocou Pierre por lá, e fechou sua defesa com cinco homens. Pedrão nem aparecia. Assim, quem esteve na Arena Barueri tomou chuva e, até o intervalo, viu um duelo travado.
O segundo tempo, contudo, valeu o ingresso para os escassos torcedores que estiveram no estádio ainda em construção. A chuva se transformou em dilúvio em alguns momentos, mas pelo menos as redes foram balançadas pela bola e os times se mostraram mais dispostos a atacar.
O novo panorama foi constatado logo no primeiro lance, quando Obina, livre à frente do goleiro Renê, só não marcou porque o campo molhado o impediu de dominar lançamento de Cleiton Xavier. Pouco depois, a Abelha respondeu em dois arremates de fora da área. No primeiro, de Fernandinho, Marcos salvou com o pé. No segundo, disparado por Marcio Careca, o goleiro foi mal e deu rebote para Pedrão. Impedido, o centroavante jogou longe do gol.
Após os sustos, o Verdão viu nova alteração no jogo: Obina e Keirrison, que foram muito mal no primeiro tempo, finalmente acertaram a mira e encerraram jejuns pessoais. E o primeiro a desencantar foi o ex-flamenguista. Aos 11 minutos, Diego Souza arrancou pela direita e lançou para Obina, que dominou com estilo e bateu certeiro para marcar seu primeiro gol desde 30 de novembro de 2008 – e o seu primeiro no Palmeiras.
A torcida alviverde explodiu nas arquibancadas em comemoração e, quando se acalmava, viu Keirrison ampliar, quatro minutos depois. O camisa 9, que não marcava desde 9 de maio, aproveitou cruzamento de Cleiton Xavier e bateu de primeira. Gol com o estilo que o atacante mostrava quando marcou 13 em seu dez primeiros jogos no clube – o número atual é de dois nas últimas nove partidas.
Com seus atacantes satisfeitos, a noite caminhava para a primeira vitória palmeirense depois de quatro compromissos. Um outro artilheiro, no entanto, acordou. Artilheiro do último Campeonato Paulista com 16 gols, Pedrão deixou sua marca após duas partidas em jejum. E estabeleceu o empate.
A desvantagem fez Estevam Soares lançar seu time à frente. E, apenas dois minutos depois do segundo gol do Verdão, Marcão falhou ao tentar dividir com o artilheiro do Barueri. Mesmo caído, o centroavante girou no chão para diminuir a vantagem, recolocando seu time no jogo.
Aos 28 minutos, se Obina e Keirrison acertaram, Marcos falhou. O goleiro tentou sair jogando com o pé e deixou a bola limpara para Camilo, que havia acabado de entrar. O meia logo tocou para Pedrão, que entrou na área pela esquerda, fintou Cleiton Xavier e bateu no canto direito de marcos com um chute seco. Um arremate preciso que assegurava o empate.
Com o placar igualado, as equipes tentavam superar a forte chuva que caía em Barueri para garantir três pontos. Naquele momento, entretanto, as miras não estavam tão calibradas, e o 2 a 2 foi o resultado de uma noite de reabilitações.