O Palmeiras, enfim, conseguiu uma sequência de vitórias no Campeonato Brasileiro, e a deve para Egídio. O lateral esquerdo participou dos quatro gols sobre o São Paulo no domingo e nesta quarta-feira, novamente no Palestra Itália, balançou as redes e participou do outro tento na vitória por 2 a 0 sobre a Chapecoense, diante de quase 33 mil pagantes nesta noite.
Em boa fase, o melhor jogador em sua posição na última liga nacional em eleição da CBF contou com a sorte. Aos 27 do primeiro tempo, chutou e contou com desvio na zaga para abrir o placar. Aos 24 da etapa final, se enrolou ao tentar dominar a bola, mas conseguiu cruzar para Robinho desviar e Cristaldo escorar no gol vazio.
O resultado cumpre a missão dada pelo técnico Marcelo Oliveira, de fazer o time se tornar imbatível dentro de sua casa. O Verdão atinge 15 pontos, aproxima-se da zona de classificação para a Libertadores e tenta ampliar o embalo diante da Ponte Preta, às 18h30 (de Brasília) de domingo, em Cuiabá. Já a Chape estaciona nos 13 pontos, no meio da tabela, e recebe o Vasco às 21 horas de sábado.
O jogo – Com exatamente a mesma escalação que goleou o São Paulo no domingo, o Palmeiras entrou em campo com ainda mais disposição e, logo aos 25 segundos, Leandro Pereira obrigava o goleiro Danilo a fazer boa defesa após receber de Robinho. O time estava mesmo motivado para mostrar que o 4 a 0 do Choque-Rei não foi uma exceção.
Os jogadores seguiam exatamente a orientação de Marcelo Oliveira. Mesmo no 4-2-3-1, Leandro Pereira pouco ficava sozinho. A equipe marcava na saída de bola e Robinho, Rafael Marques e Dudu sempre estavam próximos ao centroavante, com Arouca e Gabriel revezando-se na chegada ao ataque e as descidas constantes de Lucas e Egídio pelas laterais.
Exatamente como ocorreu no clássico, com a diferença da postura do adversário. A Chapecoense fixava quatro jogadores à frente de sua área e outros três em constante movimentação para bloquear a intermediária defensiva. O Palmeiras se mexia e impunha velocidade, mas não conseguia espaço para finalizar.
A movimentação, contudo, gerou dois chutes perigosos de Robinho, sempre tabelando com Dudu, aos 10 e aos 19. Mas a ânsia do Verdão pelo gol dava espaço a contra-ataques e o time catarinense quase abriu o placar. A Chape tinha Camilo como válvula de escape e Edmilson posicionado para receber a bola. Nessa estratégia, Edmilson levou perigo aproveitando erro de Rafael Marques e outra bola cruzou a pequena área de Prass, com o gol vazio, sem Edmilson e Apodi conseguirem tocá-la.
A goleada de domingo, porém, deu confiança a um time que também contou com a sorte. Aos 27 minutos, Lucas cobrou lateral na área e iniciou bate-rebate que fez a bola sobrar para Dudu. O atacante ajeitou para Egídio chegar batendo de primeiro. A finalização contou com desviou que tirou a ação do goleiro Danilo, abrindo o placar.
Na motivação permanente, o Palmeiras sofria com uma péssima atuação de Robinho, que errava passes demais, e a torcida respirou fundo ao ver Leandro Pereira fazer desvio na defesa que quase virou gol contra, aos 33. O time precisava ser mais eficiente para ter a partida nas mãos.
A Chapecoense voltou do intervalo buscando aumentar sua força ofensiva, com William Barbio no lugar de Wagner, e ficou mais tempo com a bola no ataque. Entretanto, cedia espaços para o Palmeiras contra-atacar. O problema era que o time errava passes e Marcelo Oliveira tentou corrigir isso, além de diminuir o ritmo do jogo, trocando Dudu por Zé Roberto.
Mas a alteração que definiria o jogo ocorreu com a troca de Leandro Pereira por Cristaldo, o que gerou furor no estádio. Mais uma vez, a sorte acompanhou Egídio. Aos 24, o lateral se complicou ao tentar dominar a bola, mas conseguiu chegar à linha de fundo para cruzar rasteiro. Robinho se antecipou ao goleiro para desviar e a bola atravessou a pequena área até Cristaldo, em seu primeiro lance no jogo, só tocá-la para o gol vazio. Estava garantida mais uma festa no Palestra Itália.