Ao investir na contratação Luiz Felipe Scolari, o Palmeiras deixou claro o sonho de voltar ao topo do cenário sul-americano como aconteceu no fim dos anos 90. Nesta quarta-feira, às 21h50, no Pacaembu, o Verdão necessita apenas de um simples empate contra o Goiás para alcançar a final da Copa Sul-americana e reviver uma decisão continental depois de uma década.
A última vez em que o Palmeiras disputou um título na América do Sul foi em 2000, na Copa Mercosul, quando acabou derrotado pelo Vasco em um confronto histórico. A partir daí, o time de Palestra Itália entrou em decadência, chegou a disputar a Série B do Brasileiro e viu os títulos tornarem-se raridade.
“Já faz dez anos que o Palmeiras não disputa uma final desse porte, é muito importante a classificação”, confirma Felipão, o responsável pelo último período de ouro no Palestra Itália.
Para o Palmeiras chegar à decisão da Copa Sul-americana, Felipão considera que deu todas as condições ao elenco. Nas últimas duas semanas, os titulares foram retirados das partidas do Campeonato Brasileiro. Portanto, não podem reclamar do desgaste físico.
“Estou dando muita coisa de presente aos atletas, foram dois finais de semana para passar com a família. Agora, quero receber alguma coisa em troca, também quero um presente”, cobra Scolari.
Da parte da torcida, Felipão considera que já há uma resposta positiva. Os ingressos foram esgotados com dois dias de antecedência – serão mais de 35 mil pessoas no Pacaembu. “Espero que os torcedores nos ajudem nos momentos mais difíceis”, projeta o pentacampeão mundial.
Na escalação, o Palmeiras vai ter a mesma base da vitória da semana passada no estádio Serra Dourada. Como Valdívia continua em tratamento de uma lesão na região posterior da coxa esquerda, Lincoln será outra vez o titular no setor de armação.
No Goiás, a principal missão é tentar esquecer o rebaixamento do Campeonato Brasileiro, decretado na derrota do final de semana contra o Santos. Na Sul-americana, a situação também é complicada. A vaga pode vir com uma vitória por diferença mínima, desde que o time esmeraldino marque dois ou mais gols.
“Vamos pensar em salvar o nosso ano na Copa Sul-americana. Todos devem pensar que temos a chance de levar o Goiás a uma decisão internacional pela primeira vez”, aponta o técnico Arthur Neto, que deve manter a escalação do jogo de ida.