Naquela que foi considerada a primeira de muitas minidecisões que o Campeonato Brasileiro de 2009 pode ter, Atlético-MG e Palmeiras empataram por 1 a 1 em Belo Horizonte. O resultado altera pouco a classificação. A equipe paulista lidera com 36 pontos em 18 jogos, quatro pontos e uma partida a mais que o time mineiro, que é o segundo colocado.
O personagem do jogo foi o goleiro Marcos. Ele falhou feio no gol de Éder Luís, logo aos cinco minutos de partida, mas defendeu um pênalti cobrado por Renan Oliveira, aos 13 do segundo tempo. O gol do Palmeiras foi marcado por Ortigoza, em jogada de Diego Souza, aos 34 da etapa inicial.
Agora, as duas equipes viajam para São Paulo. No sábado, o Palmeiras enfrenta o Botafogo no Palestra Itália. Já o Galo joga no domingo, no Pacaembu, diante do Corinthians.
O jogo – Pelo Atlético, o técnico Celso Roth preferiu manter o esquema 4-4-2, escalando Júnior como armador. Bruno foi confirmado no gol e Renan Oliveira no ataque. Pelo Palmeiras, Obina foi vetado no vestiário, com lesão muscular, e Ortigoza foi a opção de Muricy Ramalho para ser o companheiro de Diego Souza no ataque.
Porém, o futebol pode ser muito mais simples que números, formações e esquemas táticos. Logo aos cinco minutos, Éder Luís arriscou de fora da área. O chute saiu forte, mas perfeitamente defensável. Marcos errou o tempo de bola e engoliu o frango que abriu o placar para o Galo.
O gol logo no início deixou o time da casa em situação mais confortável. Agora, seria o Palmeiras quem teria de sair para o jogo, e foi o que aconteceu. A equipe paulista ocupava o campo de ataque, marcando pressão e trabalhando a bola, quando tinha a posse.
A marcação alvinegra era firme e as chances de gol eram raras. Faria a diferença o talento de Diego Souza. O camisa 7 alviverde invadiu a área pela esquerda, fintou Welton Felipe e deu um cruzamento preciso para Ortigoza, no segundo pau, empatar o jogo, já aos 34 minutos.
O time mineiro passou a se soltar mais em campo, com o apoio da maioria dos cerca de 50 mil torcedores presentes ao estádio. Thiago Feltri, de cabeça, levou perigo e Marcos fez boa defesa. Era uma partida equilibrada, que justificava a expectativa criada e prometia muito para o segundo tempo.
Na etapa final, o equilíbrio continuaria, e com muito mais emoção. O Palmeiras foi o primeiro a levar perigo. Após bola alçada na área, Marcão escorou, Ortigoza tentou e a bola sobrou para Diego Souza, na pequena área, bater de virada e acertar a trave. Pouco depois, Ortigoza lançou Cleiton Xavier, que bateu na saída de Bruno, mas o jovem goleiro atleticano foi bem no lance.
O Galo também tinha poder de fogo. Renan Oliveira fez bom lançamento para Carlos Alberto na direita, que cruzou rasteiro para a área. Thiago Feltri encheu o pé, mas pegou mal e encobriu o gol.
Aos 12 minutos, Renan Oliveira lançou Thiago Feltri pela esquerda da área. Ele recebeu um tranco de Wendel e o árbitro Djalma Beltrami marcou o pênalti corretamente. Renan Oliveira cobrou com paradinha e Marcos se redimiu do frango com uma defesa que mostrou um dos pontos fortes do experiente goleiro.
O lance causou irritação em parte da torcida. Renan Oliveira passou a ser vaiado – não por todos, é bom que se diga – e sentiu a pressão, tanto que foi substituído pelo estreante Pedro Oldoni.
Enquanto isto, o Palmeiras fazia seu jogo. Num erro de saída de bola do Galo, Ortigoza recebeu pela ponta-direita e cruzou rasteiro para Cleiton Xavier, livre e de frente para o gol, jogar por cima uma excelente oportunidade, aos 28 minutos.
Celso Roth fez mais duas alterações e o time do Atlético se organizou melhor em campo. Nos minutos finais, o time da casa foi um pouco mais ofensivo, embora a última grande chance tenha sido alviverde, com um chute de fora da área de Diego Souza, que passou ao lado.