A espera do torcedor palmeirense está próxima do fim. O Palmeiras pretende definir, dentro dos próximos dez dias, quem será o comandante da comissão técnica em 2014, ano de comemoração do primeiro centenário do clube. Depois de seguidas reuniões internas para a avaliação do trabalho de Gilson Kleina, a cúpula palmeirense espera decidir pela permanência ou não do treinador até o próximo dia 15 de novembro, data da sexta-feira da semana que vem.
A maioria dos vice-presidentes, o diretor-executivo José Carlos e o gerente de futebol Omar Feitosa são a favor da sequência de Kleina. Conselheiros são mais críticos com o técnico e pedem alguém de renome no centenário. O presidente Paulo Nobre ouve as considerações de ambos os lados, deixa a sua opinião para um número mais restrito de pessoas e terá a palavra final para decidir.
– Todos estão mais ou menos na mesma linha de pensamento. Estamos caminhando para uma definição, e o Kleina tem chance de ficar, sim – diz uma pessoa muito próxima ao mandatário alviverde.
– Temos que valorizar o que há no clube. Também é importante ressaltar que o Kleina esteve conosco na dificuldade, em que não podíamos contratar, e não fugiu do desafio. Talvez seja mais vantajoso observar novos jogadores do que optar por uma mudança drástica – acrescenta outro dirigente.
Boa parte do elenco, capitaneado por Henrique, também defende a continuidade de Gilson Kleina. O zagueiro, que tem grande influência dentro do grupo, já declarou publicamente que gostaria que o treinador fosse mantido no ano que vem. Por outro lado, a direção também observa nomes de treinadores no mercado brasileiro e internacional, como Abel Braga, Marcelo Bielsa, Dorival Júnior, Cuca e Mano Menezes.
O alto salário de um técnico pretendido pode inviabilizar uma mudança – o Palmeiras se vê imerso em dívidas e está sem patrocínio master desde maio, quando acabou o acordo com a Kia. Gilson Kleina, com contrato até dezembro, recebe cerca de R$ 300 mil mensais de salário.
Se a estimativa da diretoria se tornar realidade, a decisão final pode acontecer depois da conquista do título da Série B. O Verdão será campeão no sábado, se vencer o Joinville no Pacaembu, e a vice-lider Chapecoense perder nesta terça para o América-RN, em Chapecó (SC). Se a Chape não tropeçar nesta noite, o Verdão precisa triunfar no fim de semana e superar o Paysandu na terça, fora de casa, para conquistar o título sem depender de terceiros.
Veja como está dividida a diretoria do Palmeiras:
Paulo Nobre
O presidente dará a palavra final sobre o técnico. Até o momento, mostra-se indeciso, sem convicção de que o ideal seja manter Kleina.
José Carlos Brunoro
O diretor-executivo é o braço direito de Nobre. Por ele, o contrato de Kleina já teria sido renovado. É defensor ferrenho do técnico.
Maurício Precivalle
O primeiro vice-presidente é o mais ligado ao futebol. Está inclinado a defender Kleina, mas tem ressalvas.
Genaro Marino
Segundo vice, cuida mais dos assuntos ligados ao Allianz Parque. Defende a permanência do atual treinador.
Antonino Jesse Ribeiro
Ligado a Maluf, o terceiro vice cuida de questões políticas. Sabe que não há dinheiro para técnico caro e defende Kleina.
Victor Fruges
É o quarto vice, o mais afastado do dia a dia do futebol. Não tem opinião formada sobre a comissão técnica.
Omar Feitosa
O gerente de futebol vive no dia a dia da Academia e sabe que o elenco aprova Kleina. Defende o treinador, mas não tem tanto peso.