O zagueiro Anderson dos Santos, o Kanú, que defendeu o Operário na temporada passada, foi negociado com o Criciúma-SC. Mas o clube de origem não lucrou um centavo com a venda. A negociação teria sido intermediada pelo técnico do Operário, Éder Taques, sem nenhum alarde. Ontem Taques negou ter participação nos “lucros” e tentou explicar a venda do jogador, bem como porque do clube não divulgar a transferência.
“Levamos vários jogadores para o empresário ver, o Kanú não tinha contrato com o Operário. Ele foi levado pelo empresário Márcio Meller. Ele não foi vendido pelo Operário. Em caso de venda, o clube (Operário) ficaria com 30%, o jogador com 20% e o restante é do empresário. É uma ponte no Criciúma”, justificou Taques, alegando não ter participado da negociação, nem ter recebido nenhum percentual.
No entanto o diretor de futebol do Criciúma Waldeci Rampinelli, atendeu a reportagem de A Gazeta, e confirmou que o clube catarinense comprou os direitos federativos do atleta em janeiro desse ano. Mesmo exercendo cargo de diretor, disse não se lembrar do valor pago ao representante do jogador. “O passe é do Criciúma”, resumiu Rampinelli.
O mesmo empresário que negociou Kanú, também levou o atacante Lenon (do Cuiabá Esporte Clube), centroavante da equipe Sub-18, um dos destaques da competição, que estava emprestado ao Chicote. Como no caso de Kanú, ninguém veio a público explicar quanto deveria entrar nos cofres do clube, mas não entrou.