Além de pagarem para entrar em campo nas competições regionais, sofrerem com os altos custos da Arena Pantanal e a baixa presença de público, os clubes de Mato Grosso ainda aguardam o repasse de recursos referente ao patrocínio do Campeonato Mato-grossense/2015, encerrado já a dois meses.
O dinheiro correspondente a publicidade veiculada através de painéis estáticos (placas) nos estádios sedes da competição, principalmente a Arena, deveria ter sido depositado na conta dos clubes logo após a competição, o que até hoje não ocorreu. A negociação foi feita pelo então presidente em exercício da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) Helmute Lawisch.
Pelos cálculos do presidente do Operário, Geovane Banegas, só da locação dos bares da arena para a FMF, nos dias de jogos, o clube teria a receber cerca de R$ 40 mil da entidade. Banegas explicou a negociação. “O mandante (Operário) tem o direito de repassar a locação para terceiros. Fizemos isso confiando na Federação. O problema é que o Helmute realocou o espaço para o Zé Maria (José Maria Campos Mello, empresário do setor). Ele não repassou o dinheiro à FMF que lhe devia e nós que não temos nada a ver com isso ficamos a ver navios”, denunciou o presidente operariano.
Sobre a publicidade que estampava a marca de cervejaria, Banegas disse que foi feito um contrato entre a fabricante e a FMF, mas o dinheiro não saiu. “Tem muita coisa errada nessa gestão do Helmute; Deus me livre. Estou ansioso por esta reunião do dia 20 para colocar tudo em pratos limpos; e não vou aceitar reunião a portas fechadas como foi ano passado. Exijo transparência”, afirmou Banegas. A reunião à que se refere Banegas, será para dar início ao calendário de 2016.
Helmute Lawisch, que reassumiu o Luverdense, não atendeu à reportagem de A Gazeta.