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Nos pênaltis, Uruguai elimina Gana e vai à semifinal da Copa

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O bicampeão mundial voltou. Ainda que sem o brilho e a força que apresentava na primeira parte do Século XX, a seleção uruguaia resgatou sua tradição e garantiu presença na semifinal da Copa do Mundo pela primeira vez em 40 anos. Para isso, impediu Gana de fazer história na África do Sul: após empate por 1 a 1 no tempo normal e uma emocionante prorrogação, triunfou por 4 a 2 nos pênaltis.

A última vez que os uruguaios chegaram à semifinal de um Mundial foi em 1970, quando foram eliminados pela seleção brasileira comandada por Pelé. O algoz verde-amarelo não entrará mais no caminho da Celeste Olímpica nesta busca pela final, mas os comandados de Oscar Tabárez terão um adversário de peso: na próxima terça-feira, enfrentam a Holanda, às 15h30 (de Brasília).

Os sul-americanos terão de superar o elevado desgaste de um jogo cansativo: após empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, a equipe só garantiu a classificação nas penalidades. O goleiro Muslera defendeu duas cobranças e o atacante botafoguense Sebastian Loco Abreu, com uma estilosa "cavadinha", definiu a classificação uruguaia.

A derrota de Gana simbolizou o fim do sonho africano na primeira Copa do Mundo sediada pelo continente. Como a anfitriã África do Sul caiu ainda na primeira fase, as vuvuzelas sopraram forte pelas Estrelas Negras e uma vitória teria marcado a melhor campanha de um time da África na história dos mundiais. O time bateu na trave e, como em 2006, caiu nas quartas de final.

O jogo – Uruguai e Gana fizeram um primeiro tempo de sustos no Estádio Soccer City, em Johanesburgo. Os sul-americanos tiveram domínio da posse de bola e trabalharam mais as jogadas, mas a todo momento estiveram à mercê dos africanos, sempre perigosos e rápidos no contra-ataque. Os primeiros calafrios da noite sul-africana foram sentidos pelos ganeses.

Aos 18 minutos, Forlán cobrou escanteio de forma fechada, Cavani desviou de cabeça e mandou a bola em cima de Mensah. A Jabulani bateu no peito do jogador, mas o goleiro Kingson mostrou ótimos reflexos para espalmar a bola. A seleção ganesa passou por alguns momentos "de pernas bambas" no gramado. Forlán quase marcou chutando de longe, após falha na saída de bola dos africanos.

Aos 25 minutos, Suárez recebeu bola enfiada pela esquerda, cortou a marcação e bateu cruzado, com força. Kingson apareceu bem novamente, espalmando para escanteio. No minuto seguinte, o zagueiro Diego Lugano se enroscou com um rival durante cobrança de escanteio e acabou atingido. O capitão sentiu a lesão e ficou em dificuldades em campo. Gana aproveitou para aumentar seu desempenho.

Na primeira boa chance, Vorsah aproveitou as deficiências do ex-jogador do São Paulo e subiu mais alto em cobrança de escanteio, cabeceando muito próximo do gol. Aos 30 minutos, Boateng deu o "drible da vaca" pela direta do ataque e cruzou para Gyan completar de primeira, à esquerda do goleiro Muslera, muito próximo da trave. Lugano tentou aguentar, mas foi substituído por Scotti aos 37.

Sem seu líder, os uruguaios minguaram em campo. Muntari acertou boa cabeçada ganhando de dois marcadores pelo alto, aos 38 minutos, e quase marcou. Aos 45, Inkoom fez boa jogada pela ponta direita e cruzou para Boateng, que acertou estiloso voleio, mandando a bola por cima. Já nos acréscimos, a assustada torcida uruguaia viu o pior acontecer.

Jabulani – Muntari arriscou chute de muito longe e, com poderoso efeito na Jabulani, abriu o placar – a bola passou entre dois jogadores e saiu do alcance do goleiro Muslera. A vantagem bastou para o primeiro tempo, mas não durou muito na etapa final. Aos nove minutos, Fucile sofreu falta dura na intermediária e Forlán, já sob posse da braçadeira de capitão, devolveu o golpe: pôs efeito na bola e empatou na cobrança.

O atacante do Atlético de Madri, da Espanha, voltou a incomodar aos 18 minutos, quando fez cruzamento pela esquerda. Kingson simplesmente desistiu do lance durante a trajetória da bola, que foi parar nos pés de Suárez. Para a sorte dos ganeses, o jogador não acertou bom chute de primeira e mandou para fora, na segunda trave. O camisa 22 ganês se redimiu pouco depois.

Ele precisou fazer excelente defesa quando Suárez recebeu pela esquerda do ataque, dentro da área, após boa triangulação uruguaia. O atacante chutou de bico e o arqueiro espalmou, evitando a virada aos 22 minutos. Kingson não alcançou a cobrança de falta de Forlán aos 29, mas contou com a sorte: a finalização passou muito perto, acertando a rede, mas pelo lado de fora.

Nos minutos finais, os uruguaios começaram a manifestar cansaço. Embora com o domínio da bola, errar muito. Os ganeses, por sua vez, tiveram espaço de sobra para contra-atacar, mas faltou inspiração – seguidas investidas foram desperdiçadas com toques errados e desencontro dos jogadores mais avançados. A decisão foi postergada para a prorrogação.

Tempo extra – Menos cansados, os ganeses partiram para cima no início do tempo extra, encurralando os sul-americanos em seu campo de defesa. Nenhuma das investidas, no entanto, resultado em oportunidade clara de gol. Os uruguaios tentavam surpreender no contra-ataque, mas o reduzido vigor físico diminuiu muito o poderio ofensivo do time de Oscar Tabárez.

A melhor chance do primeiro tempo da prorrogação só saiu aos 14 minutos, quando Lodeiro recebeu bola enfiada pela direita da área, chutou e quase surpreendeu Kingson com um desvio em Mensah. O arqueiro conseguiu se recuperar a tempo de fazer a defesa. Na segunda etapa, as dificuldades se mantiveram. Scotti quase fez contra ao dividir com Gyan dentro da área, mas Maxi salvou.

Pouco depois, Boateng aproveitou desvio de cabeça de Fucile em cruzamento na área para completar de cabeça, com muito perigo. O jogador assustou os uruguaios no final do duelo, em forte chute da entrada da área, muito bem defendido por Muslera. A pressão ganesa deu resultado nos minutos finais: após bate-rebate dentro da área, Suárez salvou em cima da linha. No rebote, Adiyia completou de cabeça e o camisa 9 evitou o gol com as mãos.

O uruguaio foi expulso e Gyan, artilheiro ganês, teve a chance da vitória no último lance do confronto. No entanto, cobrou o pênalti com força e acertou o travessão. Suárez, que se dirigia angustiado ao vestiário, viu sua trapaça dar certo. Comemorou como um legítimo gol. Não deu tempo de mais nada: a decisão foi para os pênaltis, com os ganeses decepcionados.

Pênaltis – Por Gana, Gyan cobrou o primeiro e acertou o ângulo, restabelecendo a confiança. Apiyiah também converteu sua cobrança, mas não adiantou. O goleiro Muslera defendeu os chutes de Mensah e Adiyiah. Pelo Uruguai, Maxi Pereira também errou, chutando por cima. Forlán, VIctorino e Scotti fizeram. O botafoguense Loco Abreu, com uma "cavadinha", garantiu a classificação uruguaia.

 

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