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Nos pênaltis, Brasil vence Argentina e leva superclássico das Américas

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O primeiro jogo da história da Seleção Brasileira em La Bombonera teve todos os ingredientes necessários em um clássico contra a Argentina. A vitória por 2 a 1 dos donos da casa foi decidida apenas no minutos finais do confronto e levou a decisão do Superclássico das Américas para os pênaltis. Nas cobranças, o estreante Diego Cavalieri defendeu o tiro de Martínez e viu Montillo isolar a chance de o técnico Alejandro Sabella encerrar a hegemonia de Mano Menezes no torneio criado em 2011.

A Argentina saiu à frente no marcador através de um pênalti mal marcado pelo árbitro Enrique Osses, aos 35 minutos do segundo tempo. O atacante Scocco foi o responsável por chutar firme e superar Diego Cavalieri na cobrança. O empate brasileiro veio com Fred, aos 38, mas o próprio Scocco tratou de definir a vitória dos ‘hermanos".

O resultado por 2 a 1 obtido pela Seleção no jogo disputado no Serra Dourada, em setembro, levou a partida para os pênaltis. As cobranças ficaram marcadas pelos erros de Martínez e Montillo e o acerto de Scocco, Sebá Domínguez e Orión. Já o time canarinho contou com Thiago Neves, Jean, Fred e Neymar para corrigir o erro de Carlinhos e garantir o troféu.

O Superclássico também encerrou a participação da Seleção Brasileira em 2012. Este foi o último jogo dos comandados de Mano Menezes antes do encerramento desta temporada. Agora, o treinador terá mais três datas Fifa para armar a sua equipe antes da Copa das Confederações. O primeiro amistoso deverá ser disputado em fevereiro, enquanto os outros dois serão realizados no mês de março.

O Jogo – A típica pressão vista em La Bombonera não surtiu efeito e o primeiro tempo do clássico ficou restrito a chances esporádicas de gol das duas seleções. Os times sofreram com a falta de entrosamento e iniciaram a busca pelo gol através da bola parada. Logo aos seis minutos, Montillo bateu falta da direita e Sebá Domínguez subiu nas costas de Ralf para cabecear na rede pelo lado de fora.

As duras chegadas dos marcadores canarinhos marcaram a etapa inicial do duelo. Os zagueiros de Mano Menezes precisaram abusar dos carrinhos para conter a velocidade dos atacantes adversários. A rapidez em buscar o ataque também foi a arma encontrada por Neymar. Aos 12 minutos, o santista partiu rapidamente para o contra-ataque e só não deixou Fred na cara do gol porque Desábato fez o corte providencial.

A sequência do confronto seguiu monótona e somente uma nova falta cobrada por Montillo levantou o público em La Bombonera. Aos 23, o meia do Cruzeiro recuperou a sobra após lançar para a área e tocou na ponta direita para o zagueiro Sebá Domínguez. O defensor fez o cruzamento para o centro da área e Martínez mergulhou para assustar o goleiro Diego Cavalieri.

A resposta da Seleção Brasileira veio apenas aos 32 minutos. Fred tocou para Arouca e partiu para o centro da área. O volante encontrou Neymar na ponta esquerda e deixou o atacante em condições de fazer o cruzamento. O santista, porém, optou por encobrir o goleiro Orión e jogou direto para fora. Cinco minutos depois, Thiago Neves também tentou o lance de efeito e chutou longe ao buscar o ângulo direito da meta argentina.

A última chance clara de gol saiu da cabeça de Hernán Barcos. O atleta foi lançado por Vangioni, aos 41 minutos, e desperdiçou uma chance incrível ao testar para fora. Mesmo livre de qualquer marcação, o bandeira viu um impedimento no início da jogada e assinalou erroneamente a irregularidade no lance.

Após o encerramento do primeiro tempo, a seleção argentina demorou mais de 20 minutos para retornar ao gramado e atrasou o reinício da partida. A tática deu certo no início da etapa complementar e obrigou o estreante Diego Cavalieri a fazer uma importante defesa. Aos três minutos, Guiñazu tomou a bola de Fábio Santos e lançou para o atacante Martínez. A bola espirrou no pé do jogador e terminou nas mãos do camisa 1 canarinho.

A atuação ruim de Fábio Santos e o sumiço de Arouca no segundo tempo fizeram Mano Menezes apostar na entrada de Carlinhos e Jean. O treinador esperava que o entrosamento dos atletas do Fluminense desse uma nova cara para sua equipe, mas se decepcionou com a persistência da apatia do time nacional. O Brasil não se encontrou em campo e viu até mesmo Fred levar um amarelo após tentar cavar uma falta no setor ofensivo.

Os argentinos ainda contestariam a decisão do árbitro de não marcar um possível pênalti cometido por Lucas Marques em cima de Martínez. Já a Seleção Brasileira receberia o reforço de Bernard, que entrou no lugar do próprio lateral botafoguense. A alteração também não trouxe nenhum efeito positivo para a equipe e abriu o espaço que a Argentina tanto queria para chegar ao ataque.

Aos 35 minutos, o árbitro viu falta em um desarme de Jean sobre Martínez e apontou o pênalti para a Argentina. O volante jogava improvisado na lateral direita e havia impedido o avanço do atacante fora da área. O juiz não quis saber e apontou para a marca da cal. Na cobrança, Scocco não deu chances para Cavalieri e colocou sua equipe à frente no marcador.

A resposta veio três minutos depois. O próprio Jean se redimiu do lance anterior e tentou o chute para o gol. O tiro saiu torto e terminou nos pés de Fred, que tirou Orión da jogada com um toque por cima. O gol contou até com uma dança de Neymar na comemoração, mas não serviu para tranquilizar o time canarinho. Aos 44 minutos, Martínez trabalhou bem e Montillo fez o passe para Scocco. O atacante aproveitou a falha na marcação brasileira e anotou o seu segundo gol na partida.

O resultado no tempo regulamentar levou a decisão do título para os pênaltis. O goleiro Diego Cavalieri defendeu a cobrança do argentino Martínez e contou com a sorte após Montillo isolar o segundo penal dos donos da casa. Já Sebá Domínguez, Scocco e Orión anotaram as suas cobranças. Pelo lado do Brasil, o lateral Carlinhos foi o único a desperdiçar. Thiago Neves, Jean, Fred e Neymar trataram de superar Orión e garantir o bicampeonato do Superclássico das Américas.

 

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