Em meio à campanha para sua reeleição, Paulo Nobre evitou usar o termo “austeridade financeira”, sempre lembrado para criticá-lo. Agora, promete provar na prática uma política diferente em seu segundo mandato. Sem abdicar do controle dos cofres, mas com maior capacidade de investimentos para buscar títulos em 2015.
“Plantamos sementes de uma maneira diferente de administrar futebol e, além da nossa confiança, recebemos o voto de confiança do eleitorado de que o caminho é esse. Mas o modus operandi tem que ser diferente. E vai ser”, assegurou. “O Palmeiras está sendo formado e planejado para disputar títulos e ser protagonista em 2015, como faz parte da sua história.”
Em seus dois primeiros anos como presidente, Nobre pouco criou para arrecadar mais e repassou cerca de R$ 150 milhões ao clube. O dinheiro, segundo ele, foi usado apenas para pagar contas, já que gestões anteriores anteciparam 75% das receitas de 2013 e 30% de 2014. Mas para 2015, que só teve 10% das cotas adiantadas, sua certeza é de um ano melhor.
“Teremos um elenco dentro das possibilidades financeiras do clube, que está em situação muito melhor para esse segundo biênio do que no meu primeiro. Dá para imaginar mais capacidade financeira para investir. O Palmeiras não vai gastar mais do que arrecada, a responsabilidade financeira continua, mas com horizontes mais amplos”, definiu.
Contra a acusação de austeridade, o presidente ressalta que a folha salarial do plantel deste ano é alta. “Falam em bom e barato, mas garanto que o atual elenco não é barato.” E também não é bom, tanto que precisou da derrota do Vitória para o Santos, na última rodada do Brasileiro, para não ser rebaixado. Mesmo assim, é superior ao grupo campeão da Série B no ano passado, segundo Nobre.
“Os times de 2013 e 2014 não enfrentaram os mesmos adversários, nas mesmas condições. É uma questão totalmente opinativa, mas acho que o time de 2014 é melhor que o de 2013, só que menos equilibrado. E tenho certeza de que o time de 2015 será melhor que os de 2013 e 2014”, discursou.