O Verdão recebeu o Atlético Nacional no Palestra Itália na noite desta quinta-feira com duas missões: vencer os colombianos para assumir a liderança do Grupo 7 e dar um presente ao técnico Emerson Leão, que completava seu 100º jogo no comando do Verdão. Mesmo com muitas dificuldades, as missões foram cumpridas e o Palmeiras venceu por 3 a 2, para alegria do centenário treinador, que sorriu de orelha a orelha ao ver o pupilo Sérgio defender um pênalti no início da etapa final.
Edmundo, que deixou o seu de pênalti, chegou a impressionante marca de seis gols em seis jogos disputados pelo Palmeiras no Parque Antártica em jogos válidos por Libertadores. Marcelo Ramos, por sua vez, consolidou a fama de carrasco e marcou pela 15ª vez em 26 jogos como adversário palmeirense.
No domingo, o Verdão volta a campo para mais uma decisão, desta vez pelo Campeonato Paulista. O adversário é o Santos, na Vila Belmiro. Uma vitória no clássico deixará o Palmeiras com um ponto a mais do que o rival, e com um jogo a menos na tabela. Pela Libertadores, o time de Emerson Leão volta a jogar no dia 15, novamente no Palestra, diante do Rosário Central.
O jogo: O Palmeiras começou a partida marcando pressão no campo adversário para tentar provocar o erro da zaga colombiana. O Atlético, por sua vez, se esforçava para manter a posse de bola e arriscava somente na boa. Foi assim que Marcelo Ramos, velho conhecido da torcida do Verdão, fez balançar a trave esquerda de Sérgio aos sete minutos, em chute colocado, de fora da área.
Para animar um pouco a torcida, o goleiro Saldarriaga “encarnou” Henao, colombiano que teve passagem bisonha pelo Santos, e furou uma bola recuada pelo zagueiro. Na seqüência, em desespero, agarrou a bola com as mãos. Falta perigosa, que por pouco não culminou no primeiro gol palmeirense.
Quando a torcida começava a ficar assustada com a qualidade do toque de bola colombiano, o Verdão chegou ao gol. Aos 18, Ricardinho encontrou Márcio Careca livre pela esquerda. O lateral ergueu a cabeça e cruzou com perfeição para Marcinho cumprimentar: 1 a 0. Na comemoração, o camisa 11 abraçou Enílton, selando definitivamente as pazes com o companheiro.
O gol não alterou o panorama da partida. Enquanto o Palmeiras seguia apostando na marcação f forte, o Atlético arriscava com chutes de longa distância, como o de Ramirez, aos 24, que por pouco não surpreendeu o goleiro Sérgio. Sete minutos depois, após linda tabela com Ramirez, Marcelo Ramos deu o ar da graça. Com raiva, o carrasco palmeirense bateu forte e empatou o jogo, marcando seu 15º gol contra o Palmeiras em 26 jogos.
Não deu tempo nem para comemorar. Aos 34, em jogada confusa na área, Diaz cortou com a mão uma cabeçada de Edmundo. Pênalti, que o próprio Animal ficou com a incumbência de bater e explodir novamente as arquibancadas: 2 a 1 Verdão. Foi o sexto gol do camisa sete pelo Palmeiras em seis jogos disputados pela Libertadores no Palestra Itália. O Atlético Nacional chegou ao empate ainda no primeiro tempo, mas o árbitro invalidou o gol de Aristizábal alegando impedimento do ataque colombiano antes de o camisa nove estufar as redes do goleiro Sérgio.
Homenagem ao centenário: O Palmeiras voltou para a etapa final com o gás renovado e criou três chances claras de gol em menos de dois minutos. Edmundo, Paulo Baier e Ricardinho assustaram o goleiro Saldarriaga, mas acabaram errando o alvo. Aos nove minutos, o árbitro, se falhou, ao menos mostrou critério, pois deu mão na bola de Correa após puxeta de Diaz e colocou a bola na cal. Na cobrança, Aristizábal, outro velho conhecido da torcida brasileira, bateu colocado, mas Sérgio, em homenagem ao centenário do “professor” Leão, voou no canto direito e espalmou para escanteio.
Ao invés de ganhar moral com a defesa de Sérgio, o Palmeiras continuou cedendo espaços em demasia para o Atlético e os colombianos passaram a rondar perigosamente a área verde, sempre com Aristizábal e Marcelo Ramos. Passados 26 minutos, o Palmeiras conseguiu respirar e chegou ao terceiro gol. Paulo Baier avançou pela direita e foi derrubado perto da área. Na cobrança, Correa colocou na cabeça de Douglas, que fez 3 a 1. Enquanto a torcida ainda comemorava, o Atlético saiu para o jogo e Aristizábal, com muita categoria, aproveitou vacilo de Leonardo Silva e diminuiu novamente: 3 a 2.
O jogo seguiu aberto com boas chances de gol de ambas as equipes. Leão fechou o meio-campo trocando o cansado Ricardinho pelo voluntarioso Alceu, e a troca deu certo. Com menos espaços, o Atlético Nacional não conseguiu igualar o marcador, além de perder Passo, expulso, e o Verdão computou sua primeira vitória na Libertadores, que o colocou ao lado do Cerro na liderança do grupo, com 4 pontos.