A nadadora Rebeca Gusmão recebeu nesta sexta-feira a primeira notícia ruim de 2008 sobre o seu caso de doping. Ainda suspensa pela Federação Internacional de Natação (Fina), o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou a atleta por falsidade ideológica à Justiça. Se condenada, poderá pegar de um a cinco anos de prisão.
A acusação de Rebeca foi feita em função da suposta manipulação de amostras por parte da nadadora. Isso porque o médico Eduardo de Rose, responsável pelos exames antidoping dos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro e atualmente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), apontou urinas de doadores diferentes, após realização de teste de DNA.
O responsável por indiciar a nadadora foi o promotor público Alexandre Murillo Graça, que se baseou nas investigações do delegado Marcos Cipriano, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde Pública do Rio de Janeiro, e responsável por escutar todos os envolvidos no escândalo.
Cipriano, porém, não chegou a indicar Rebeca Gusmão. Após coletar todas as investigações necessárias, o delegado alegou que não havia provas suficientes para saber se a urina foi ou não manipulada pela nadadora.
Tranqüilidade e inocência: Apesar de ser informado de que sua cliente foi indiciada, o advogado Breno Tannuri garantiu não ter ficado pessimista com o acontecimento desta sexta-feira. Em conversa por telefone com a reportagem da Gazeta Esportiva.Net, o defensor de Rebeca Gusmão apontou algo positivo na abertura do inquérito e voltou a garantir inocência da atleta.
“Em um primeiro momento, não posso deixar de dizer que isso me surpreendeu, mas, em um segundo momento, acho importante e interessante”, comentou Tannuri. “Venho dizendo isso desde o início: a Rebeca é inocente e não tem nada a temer. Então, quanto mais haja essa possibilidade de ouvir as pessoas envolvidas, melhor. É interessante para que ela possa se defender mais uma vez e esclarecer o caso de uma vez por todas”, complementou.