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Mundial se destaca por gols na primeira fase e já vislumbra recorde

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Desde que a Copa do Mundo começou a ser disputada com 32 seleções, na edição realizada em solo francês, em 1998, a média de gols do torneio tem sofrido queda. Porém, no segundo campeonato disputado no Brasil, o decréscimo tem boas chances de ser quebrado. Se a razão de redes balançadas por partida apresentada na primeira fase (2,83) for mantida no estágio eliminatório, 2014 será um marco na história do maior campeonato do futebol do planeta.

Além da maior média da época recente, a Copa disputada em domínio dos Bleus possui o recorde de gols em uma edição: 171. Até o momento, o segundo Mundial em domínio verde-amarelo possui 136 gols e um amplo potencial para superar a marca.

Curiosamente, no histórico das Copas disputadas com 24 participantes (portanto, 52 jogos), a queda na razão de gols por jogo foi quebrada em uma edição no continente americano. O Mundial de 1994, disputado nos Estados Unidos, trouxe consigo 141 tentos, consolidando uma média de 2,71. Os torneios sucessores ao de 1982, sediados no México e na Itália, tiveram os respectivos coeficientes de 2,53 e 2,21.

Receber a camisa 10 da Seleção Brasileira não é tarefa fácil. Com 22 anos, menos ainda. Porém, a incumbência de comandar as ações ofensivas da amarelinha não pesou para o atacante Neymar. Em momentos complicados para a equipe de Luiz Felipe Scolari, o dianteiro do Barcelona-ESP chamou para si a responsabilidade e correspondeu, balançando as redes quatro vezes: duas na difícil estreia contra a Croácia e outras duas contra Camarões, no duelo que rendeu a classificação ao escrete canarinho.

Descontente por perder a disputa de melhor jogador do mundo para o português Cristiano Ronaldo, Lionel Messi desembarcou em solo brasileiro disposto a brilhar. Diferente do restante da equipe, que mostrou apatia e ineficiência defensiva na primeira fase, o camisa 10 foi decisivo e trilhou os alvicelestes para as oitavas de final. Nas três partidas do primeiro estágio, as vitórias contra Bósnia e Herzegovina (2 a 1), Irã (1 a 0) e Nigéria (3 a 2), o pequeno notável deixou sua marca e agradou quem o cobrava de boas atuações longe das terras catalãs.

Ele tem 1,86m e muita velocidade. Porém, atuou como um legítimo centroavante quando exigido pelo técnico Joachim Low. Responsável por deixar o veterano e recordista Miroslav Klose no banco de reservas, Thomas Muller mostrou que a frieza nas conclusões é a sua principal característica e mostrou-se disposto a conquistar sua segunda artilharia em Copas do Mundo. Para atingir a marca conquistada na edição da África do Sul, quando dividiu o posto com David Villa (Espanha), Diego Forlán (Uruguai) e Wesley Sneijder (Holanda).

Uma da sensações do estágio inaugural, a Colômbia do argentino José Pékerman agradou os torcedores com um futebol rápido e ofensivo – incrementado com as performances artísticas do ex-palmeirense Pablo Armero. Porém, um jogador se sobressaiu no elenco cafeteiro: o camisa 10 James Rodríguez. Com três gols na primeira fase, o meia do Porto foi o responsável por articular as investidas sul-americanas, mas também demonstrou oportunismo de centroavante ao balançar as redes da Costa do Marfim com uma cabeçada precisa, na vitória por 2 a 1.

Carrascos brasileiros, França e Holanda também possuem nomes de destaque no setor ofensivo. Ignorado por Raymond Domenech na edição de 2010, na África do Sul, Karim Benzema deu a volta por cima e se tornou titular incontestável sob o comando de Didier Deschamps. O atacante do Real Madrid-ESP tem três gols em solo brasileiro, mas poderia ter seis em sua contagem, se tivesse um tento marcado contra Honduras (na oportunidade, o árbitro assinalou gol contra do goleiro Noel Valladares) e dois contra a Suíça. Diante dos alvirrubros, o camisa 10 perdeu um pênalti e balançou as redes depois do apito final, com um chute à longa distância.

Já a Laranja Mecânica deposita as suas fichas em uma dupla afinada no setor ofensivo. Com três gols cada, o experiente meia Arjen Robben e o atacante Robin Van Persie afastaram qualquer tipo de desconfiança dos torcedores e ajudaram a equipe de Louis Van Gaal a conquistar a liderança do Grupo B. A atuação de gala de ambos veio como um cartão de visitas, na goleada inaugural sobre a Espanha, pelo expressivo placar de 5 a 1. Na ocasião, o dianteiro do Manchester United-ING marcou duas vezes – uma delas em um acrobático “peixinho” – ao passo que o camisa 11 deixou sua marca em uma oportunidade.

Quando foram anunciados os integrantes do Grupo D, rapidamente a alcunha de “chave da morte” se fez presente, devido à presença de três campeões mundiais: Inglaterra, Itália e Uruguai. Porém, concebida como “zebra” do quarteto, a Costa Rica surpreendeu e terminou a primeira fase na liderança, com uma campanha invicta.

Sob o comando de Jorge Luís Pinto, La Sele iniciou sua jornada no Brasil vencendo o Uruguai, em Fortaleza-CE, pelo placar de 3 a 1, com atuação de gala do veloz e preciso atacante Joel Campbell, que defende o Olympiakos-GRE por empréstimo. Quem ainda contestava do potencial dos ticos se rendeu aos “azarões” na partida contra a Itália. Mesmo com um pênalti não marcado, os insulares venceram por 1 a 0 – com gol do habilidoso camisa 10 Brayan Ruiz – e avançaram de fase. Na última rodada, sem muitas pretensões, um empate sem gols com a Inglaterra selou a participação tricolor na fase grupal.

Na contramão dos costarriquenhos estão os europeus presentes na chave. A Inglaterra desembarcou na América do Sul com uma proposta de renovação, arquitetada pelo experiente técnico Roy Hodgson. Porém, a atuação dos britânicos não foi nada convincente: apenas um ponto em três partidas e duas redes balançadas – uma delas por Wayne Rooney, que quebrou seu jejum de gols em Mundiais.

Por sua vez, a Azzurra de Cesare Prandelli veio disposta a premiar os ídolos Gianluigi Buffon e Andrea Pirlo com uma despedida honrosa dos Mundiais. Porém, a seleção decepcionou e ficou pelo caminho, com uma campanha de uma vitória – contra o English Team (2 a 1) – e duas derrotas. A última delas, contra o Uruguai, marcada pela “mordida” do atacante celeste Luís Suárez no defensor Chiellini. A agressão rendeu uma punição de nove jogos e quatro meses do futebol para o dianteiro, que se despediu da Copa do Mundo.

No Grupo G, a Alemanha confirmou seu favoritismo e figurou no primeiro posto, invicta, com sete pontos. Porém, os germânicos também viram avançar um ídolo de seu país. Jurgen Klinsmann comandou os norte-americanos à segunda fase, com quatro pontos, deixando Portugal pelo caminho, nos critérios de desempate.

Dependente do atacante Cristiano Ronaldo, a equipe comandada por Paulo Bento pouco produziu e voltou para domínio lusitano com apenas uma vitória, sobre a lanterna Gana, pelo placar de 2 a 1. Dos quatro gols marcados pelos heróis do mar, um foi contra, e dois contaram com participação do camisa 7.

Contra os Estados Unidos, o dianteiro do Real Madrid-ESP cruzou na medida para Varela empatar de cabeça (2 a 2). Já diante dos africanos, o ídolo completou para as redes uma bola afastada pelo goleiro Dauda e deu aos portugueses o único triunfo.

Campeões da Eurocopa de 2004, diante da favorita seleção portuguesa, comandada por Luiz Felipe Scolari, a Grécia jamais havia figurado nas oitavas de final de uma Copa do Mundo. Porém, a escrita foi quebrada em 2014, curiosamente, sob o comando de um técnico lusitano. Com contornos dramáticos, Fernando Santos conduziu o elenco alviazul para o mata-mata, após uma vitória sofrida sobre a Costa do Marfim por 2 a 1. Os três pontos só foram alcançados nos acréscimos, com um pênalti sofrido e convertido por Samaras.

Comandada pelo bósnio Vahid Halilhodzic, a Argélia chegou como figurante no Grupo H, mas conseguiu sua classificação na última rodada, após um empate diante da Rússia (1 a 1), que eliminou os favoritos soviéticos do Mundial. Além de estabelecerem uma marca histórica – a primeira vez em que dois africanos figuram nas oitavas de final da competição – as raposas do deserto terão a chance de vingar o escrete de 1982.

Na edição supracitada, disputada na Espanha, a equipe argelina foi eliminada após uma controversa vitória da Alemanha sobre a Áustria, pelo placar de 1 a 0. A vitória germânica classificava os dois europeus para o estágio seguinte e foi construído sob vaias das arquibancadas de Gijón. Resta agora saber se os companheiros de Feghouli terão forças para desbancar os favoritos atletas guiados por Joachim Low.

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