O Ministério Público Estadual (MPE) abriu um inquérito para apurar possíveis irregularidades na venda dos 25 mil ingressos para a partida desta noite, entre Luverdense e Corinthians, na Arena Pantanal, em Cuiabá. O promotor responsável pela investigação, Ezequiel Borges, aponta, na portaria de instauração do procedimento, que o presidente do Luverdense, Helmute Lawisch, “ignorou solenemente” a obrigação de comercializar os tickets com assentos numerados.
Para o promotor, há indícios que Helmute tenha descumprido “propositalmente” o regulamento da competição (Copa do Brasil), “restringindo o direito legítimo do consumidor à opção de escolha e de acesso a assento previamente demarcado, dando causa a um ambiente propício para superlotação de setores do estádio, para tumultos e risco à integridade dos torcedores presentes”. Segundo o promotor, aparentemente , a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) “não adotou quaisquer providências para impedir a emissão e a comercialização irregular dos ingressos”.
Ezequiel ainda destacou que a conduta do presidente do LEC “não é dissonante daquela que adotou em abril de 2015, quando, condição de presidente em exercício da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), firmou acordo com o Ministério Público para viabilizar o jogo Cruzeiro e Corinthians na Arena Pantanal, mas, em seguida, ignorou os termos, dando causa a elevada multa, tanto à federação, quanto ao promotor da partida”.
O promotor determinou o registro do inquérito tendo como investigados o Luverdense Esporte Clube e a FMF. Serão notificados o presidente da federação, o secretario adjunto de Esportes e Lazer e o diretor de Competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O prazo para conclusão da investigação não foi informado.