O jogo mais polêmico até agora no Campeonato Mato-grossense deste ano pode também resultar na primeira ação judicial no Tribunal de Justiça Desportiva. Quase uma semana após a vitória de virada do Operário Várzea-grandense, a diretoria do Mixto estuda a possibilidade de entrar com recurso, pedindo anulação do resultado do clássico.
O presidente alvinegro Valter Hudson revelou que está analisando junto ao jurídico do clube a chance de pedir a retirada dos três pontos conquistados pelo rival. A alegação é de um suposto favorecimento do árbitro Rodrigo da Fonseca ao ‘Chicote’ da Fronteira. Dos três gols tricolores, dois deles são contestados pelos mixtenses. O da virada, marcado pelo meia Vinícius, na visão da diretoria do Mixto, a bola não teria entrado. Já o lance do gol de pênalti convertido pelo atacante Geílson não teria ocorrido infração cometida pelo volante Pará, que foi expulso.
“Estamos analisando com todo cuidado pedir a anulação do resultado. Sentimos prejudicados com a atuação do trio de arbitragem, em especial do árbitro Rodrigo da Fonseca. O nosso advogado pediu muito cuidado para movermos esta ação”, disse o dirigente, ressaltando que o clube já havia protocolado um ofício na Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), pedindo a não escalação de Rodrigo da Fonseca nos jogos do Mixto.
Segundo Hudson, na final da 2ª Copa FMF sub-21 contra o Cuiabá no fim do ano passado, Fonseca foi responsável em dirigir o jogo de ida da final e teria prejudicado seu time. “Ele (Rodrigo da Fonseca) já havia nos prejudicado na final da Copinha. Deixou de marcar um pênalti a nosso favor. Hoje poderíamos estar na Copa do Brasil. Aquele lance decidiu a competição e perdemos o título. Naquela oportunidade entramos com ofício pedindo a não escalação deste árbitro. Agora, em um período de um mês, ele apitar o nosso jogo e nos prejudica novamente. A federação teria que ter cuidado em não escalá-lo para a nossa partida. Era o mínimo que tinha ser feito, a não escalão dele”, frisa Hudson, não descartando a uma suposta perseguição do árbitro ao Mixto pelo pedido de veto de seu nome aos jogos do clube.
Outro fator levantado pelo dirigente alvinegro é o fato do Operário Várzea-grandense ter sido o mandante do jogo e um possível favorecimento da arbitragem ao rival.