O caso Héverton ganhou mais um capítulo nesta terça-feira. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o Ministério Público concluiu o inquérito civil sobre os bastidores do fato, que culminou no rebaixamento da Portuguesa à Série B do Campeonato Brasileiro depois de escalar o jogador de forma irregular. A investigação aponta que a ação foi premeditada pelo clube do Canindé.
De acordo com as primeiras conclusões, a Portuguesa teria recebido dinheiro para colocar Héverton em campo na partida contra o Grêmio, o que ocasionou na perda de quatro pontos e o rebaixamento após o julgamento do STJD. Agora, o desafio do Ministério Público é indicar quem comprou a vaga.
O MP ainda indica que ao menos seis funcionários tinham a informação de que Héverton estaria suspenso da partida, e o clube, diferentemente do que foi alegado, estava ciente do julgamento do atleta – foram descobertas conversas telefônicas entre o departamento jurídico e o advogado do clube nos dias que antecederam ao confronto diante do Grêmio.
Agora, com a missão de descobrir a movimentação financeira, que pode variar entre R$ 4 e 20 milhões, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) quebrou o sigilo de funcionários do clube. Os promotores pretendem encontrar os responsáveis por comprar a vaga, e as principais suspeitas são relacionadas aos cariocas Flamengo e Fluminense.