Ao fim de 31 rodadas de Campeonato Brasileiro, o Corinthians já soma os mesmos 67 pontos que fizeram do Flamengo o campeão de 2009. A equipe alvinegra tem o melhor ataque, a melhor defesa, o melhor aproveitamento como mandante e o melhor aproveitamento como visitante. Para Tristão Garcia, a chance de título é de 95%.
“O Tite já aceitou falar que é?”, sorriu o matemático, ligeiramente cauteloso para cravar o hexa alvinegro. “Só não escreve que eu disse que é campeão, porque não é. É 95%. Só um desastre completo tira esse título. Será o campeão a menos que tenha alguma coisa muito fora do comum.”
De acordo com Tristão, a taça está perto porque o time do Parque São Jorge “é o mais regular de todos”. “E regular em alto nível. Nem o Vasco, lá em baixo, consegue ter a mesma regularidade. O Corinthians tem média de dois pontos por jogo, aquela média de campeão, há muito tempo. E ainda consegue uma sobra”, comentou.
Os comandados de Tite têm até aqui um aproveitamento de 72% dos pontos disputados. A sete rodadas do final da competição, têm oito pontos de vantagem sobre o Atlético-MG, que, nas contas do matemático, alimenta a esperança de título com 4%. O terceiro colocado Grêmio, com 1%, ainda pode comprar seu bilhete de loteria.
“Não é nem questão de estar cinco pontos na frente, sete pontos na frente ou oito pontos na frente. A questão é que os concorrentes estão muito atrás de quem está com uma média muito alta. E é uma média muito alta não para esse campeonato, mas também em comparação com outros campeonatos”, afirmou Tristão.
Nos últimos dez anos do Brasileiro, a campanha do Corinthians em 31 rodadas só é comparável à do Fluminense campeão de 2012. Mas Tristão Garcia viu na trajetória tricolor de três anos atrás um favorecimento da arbitragem que não enxerga agora, apesar das já praticamente superadas acusações de “campeonato manchado”.
“O Fluminense teve muita ajuda, coisa que o Corinthians não teve. É um time que joga com muita intensidade, joga com muita humildade o campo inteiro e compete como nenhum outro”, comentou o matemático gaúcho. “Está com quase todos os dedos na taça. É questão apenas de tempo”.