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Médicos de Cuiabá não descartam entrar em greve

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Os médicos de Cuiabá começaram um movimento reivindicatório e não descartam a possibilidade de entrar em greve por tempo indeterminado. Eles já fizeram 3 reuniões e elaboraram uma pauta, que exige o pagamento de 2 parcelas do prêmio por produtividade que estão atrasadas, além do reajuste no piso salarial, bem como melhorias nas condições de trabalho e mais segurança dentro das unidades de saúde. Caso a paralisação seja aprovada pela categoria, o serviço de saúde pública ficará caótico em Mato Grosso, já que os profissionais de Várzea Grande cruzaram os braços no começo da semana e os técnicos do Hospital Universitário Júlio Müller estão na mesma situação, o que reduziu o atendimento na unidade, que é referência no Estado para vários procedimentos.

A presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Elza Queiroz, explica que os profissionais querem que seja cumprido o acordo firmado com a categoria em 2009. Parte dos itens, como o pagamento do adicional por insalubridade, ainda não foi realizado pela administração municipal.

Eles também pedem a realização de concursos públicos, tendo em vista que mais da metade dos trabalhadores atua em contratos precários, que não respeitam as leis trabalhistas. Conforme a presidente, o salário defasado e a precariedade da estrutura já afastam os profissionais do serviço público, tanto que há vagas abertas sem interessados em preenchê-las.

Na próxima semana, os médicos pretendem agendar uma audiência com o secretário da Saúde, Lamartine Godoy, e caso não sejam atendidos, o movimento grevista tende a ganhar forças.

Cenário – Faltam medicamentos e demais insumos nas unidades de saúde. Os médicos, de acordo com a entidade, ainda precisam atender um grande volume de pacientes, o que prejudica a qualidade do serviço e aumenta o risco de falhas.

A mesma situação é vista em Várzea Grande, onde a paralisação começou na segunda-feira (11) e 60% do atendimento é mantido. Nos serviços essenciais, argumenta a presidente, é exigido o cumprimento de 30%, mas como existe uma liminar que determina a ampliação da porcentagem, os profissionais optaram por respeitar a decisão judicial. "Nós (médicos) respeitamos as ordens judiciais, ao contrário dos gestores, que mesmo homologando acordos na Justiça não cumprem".

Elza Queiroz explica que foram realizadas duas reuniões com os representantes de Várzea Grande e as reivindicações expostas. O secretário de Saúde, Marcos José da Silva, pediu um prazo até o início da próxima semana para apresentar a proposta do Município.

Outro lado
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, mas os telefonemas não foram atendidos.

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