Após uma longa reunião com toda a diretoria da Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal (Agecopa), o secretário de Fazenda, Eder Moraes, que estará em Brasília hoje participando de Audiência Pública na Câmara dos Deputados para discutir o endividamento de Estados e Municípios, pretende se reunir com técnicos do Tesouro Nacional em busca de uma excepcionalidade para contratação de empréstimos para as obras que ficaram definidas em relatórios assinados pelo presidente Lula, pelo governador Blairo Maggi e pelo prefeito Wilson Santos.
A idéeia do secretário de Fazenda seria a de contratar com organismos financeiros públicos como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Brasil nas linhas de crédito destinada as obras da arena esportiva .
Estima-se em R$ 250 milhões iniciais as necessidades da Agecopa para começar a conseguir ritmo e dar destinação em suas obrigações. A preocupação é tanta, que a direção da Agecopa já se reuniu com os tribunais de Contas da União e do Estado e mais recentemente com a equipe econômica do governo do Estado em busca de uma sinalização para as necessidades da empresas e de se iniciarem as obras para evitar o atropelo de última hora.
Constam desses relatórios as obras exigidas pela Fifa e pela CBF e consentidas pelas autoridades públicas que agora buscam maneiras de cumpri-las. O que começa a deixar os diretores da Agecopa intranquilos é a questão dos cronogramas físicos financeiros.
As obras tem prazos para estarem concluídas e funcionando adequadamente e em contrapartida a empresa ainda não dispõe de recursos próprios já que grande parte dos recursos da Agecopa são decorrentes da arrecadação anual e que mensalmente se realiza ou não.
A Agecopa receberá recursos provenientes da arrecadação do Fundo Estadual de Transportes e Habitação de Mato Grosso (Fethab), num valor orçamentário e previsto da ordem de pouco mais de R$ 170 milhões, valores que deverão ser facilmente superados, já que todos os anos Mato Grosso arrecada mais dinheiro do que o anterior.
Assim vai acontecer com outras duas fontes de rendas do Estado, o Fundo Estadual de Indústria e Comércio (Fundeic) e os rendimento da conta única do Estado por onde anualmente passam mais de 8 bilhões.
Por fim existem cerca de R$ 100 milhões depositados no Fundesmat (Fundo de Desenvolvimento de Mato Grosso), recursos estes que foram comprometidos com as obras do novo Estádio de Futebol que terá que estar pronto um ano antes da Copa de 2014.