R$ 1 bilhão. Este é o valor que o governo do Estado junto com a classe empresarial deverá investir para que Mato Grosso será uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014. Na próxima quinta-feira, o presidente da Federação Mato-grossense de Futebol juntamente com o ex-secretário estadual de Educação e uma comissão de empresários estará entregando na CBF o Caderno de Encargos com as respostas às perguntas formuladas pela Fifa para que o Brasil possa vir a sediar um mundial. Junto com o caderno eles vão levar um vídeo institucional de sete minutos mostrando o que pretendem fazer em Cuiabá para receber os jogos da Copa.
A comissão encarregada de responder o Caderno de Encargos da Fifa e elaborar um plano para que Mato Grosso possa ganhar uma das subsedes da Copa se reuniu no auditório da Fecomércio. E um dos principais assuntos foi a questão da construção de uma nova praça esportiva. Luiz Antônio Pagot, que está coordenando a comissão, disse que para sediar a Copa do Mundo de 2014, Cuiabá terá de ganhar uma novo praça esportiva. Segundo ele o estádio José Fragelli, o Verdão, está obsoleto e mesmo que passe por uma completa reforma não reunirá as mínimas condições exigidas pela Fifa. O maior problema estaria na capacidade de público no estádio. Hoje o Verdão comporta 45 mil pessoas. Se forem colocadas cadeiras nas arquibancadas como exige a Fifa, sua capacidade cai para 18 mil pessoas, o que o inviabiliza para sediar jogos da Copa, uma vez que a capacidade mínima exigida pela entidade máxima do futebol mundial são 45 mil lugares sentados.
Mas a capacidade de público não é o único fator que veta o Verdão para uma Copa do Mundo. Segundo Pagot outros problemas também prejudicam, como a falta de locais para estacionamento de carros, as pistas ao redor do estádio que são estreitas e a precariedade do transporte coletivo na região.
Diante de tantos problemas, a comissão resolveu que o melhor mesmo é a construção de um novo estádio, atendendo todas as exigências da Fifa e com capacidade para 45 mil lugares. O novo local ainda não está definido. Pagot acredita que para a construção desta nova praça esportiva será necessário um aporte de recursos de R$ 350 milhões.
Outro objetivo do encontro que culminou com a elaboração do Caderno de Encargos foi com relação a infra-estrutura para se sediar uma Copa. Segundo Pagot, que até início de junho deverá assumir a presidência do Dnit – Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre, Mato Grosso se compromete a realizar obras de construção de novas avenidas, principalmente próximas ao local onde será construído o novo estádio, de duplicar outras avenidas e estruturar a rede hoteleira e comercial da cidade. E avalia que para isso será necessário um gasto de R$ 650 milhões, o que totalizaria com a construção do novo estádio R$ 1 bilhão.
“Parece muito. Mas se formos ver o retorno não é. Se Mato Grosso for escolhida como uma das subsedes teremos muitos turistas que virão para cá para verem os jogos. Mas eles não ficam só nos jogos. Vão querer conhecer as nossas belezas naturais como o Pantanal, o Cerrado, a Floresta, Chapada dos Guimarães. Isso significa um retorno muito maior do que aquele que teremos de gastar”, explica, completando que “Cuiabá com estes investimentos será uma nova metrópole”.
Junto com o Caderno de Encargos, a comissão mato-grossense estará levando à CBF um fita de sete minutos mostrando as maquetes do novo estádio e toda a infra-estrutura que será realizada no entorno do estádio e Cd`s.
O ex-secretário estadual de Educação lembra que para garantir uma das subsedes governo, empresários e a sociedade mato-grossense precisam estar envolvidos no projeto para se promover um grande evento. Ele ressaltou que quanto a conseguir recursos não será problema. “A classe empresarial vai ajudar. Além disso podemos conseguir recursos junto ao BNDS que conta com financiamentos para várias linhas de créditos especiais como por exemplo para hotelaria.
Nova reunião – Pagot confirmou que na próxima segunda-feira estará promovendo uma nova reunião. O encontro será para definir o comitê mato-grossense para a Copa do Mundo de 2014, com a presença de autoridades governamentais, prefeitos, deputados e entidades de classe.