Normalmente quando um time vai mal, o treinador é o primeiro a assumir as responsabilidades com a má fase do seu clube e acaba perdendo o emprego. Mas na equipe do Operário foi diferente esta semana. A goleada de virada sobre o Luverdense de 5 a 1, na quinta-feira passada, marcou a despedida do ex-jogador Carlos Henrique Pedroso, o Mosca, do comando técnico do Operário. Ele, que já havia deixado o cargo à disposição da diretoria desde o final da primeira fase, será substituído por Ney César, ex-União, Vila Aurora e Juventude de Primavera do Leste.
A vitória de quinta-feira deu uma sobrevida ao Tricolor que ainda com a vaga na Terceira Fase do Campeonato Mato-grossense. No domingo, o time de Várzea Grande encara o lanterninha São José e se vencer entra de vez na briga por uma das cinco vagas à terceira fase -quartas de finais.
Com 55 anos, Mosca entregou o cargo alegando pequenos problemas de saúde como, por exemplo, alternância em sua pressão.
“O Mosca me disse que tinha jogo que sua pressão subia, ora abaixa demais. Não houve demissão, já que o Mosca irá ocupar a função de diretor de futebol do Operário. Ele faz parte do projeto que temos para o clube nos próximos três anos”, afirmou o presidente Wendel Rodrigues.
Nos bastidores no entanto, a saída de Mosca teria outra explicação: o treinador “bateu de frente” com os dirigentes Maninho de Barros e Dudu Campos. Ao discordar do posicionamento e de uma certa “imposição” dos dois dirigentes, acabou cedendo e pagou com a perda do cargo, não do “emprego”.