Mário Gobbi Filho é o novo presidente do Corinthians. O delegado de 50 anos tinha o apoio do antecessor Andrés Sanchez para derrotar o oposicionista Paulo Garcia e ganhar o direito de comandar o clube pelos próximos três anos. O diretor de marketing Luis Paulo Rosenberg e Elie Werdo são os vices.
Tinham direito a votar os 11.436 sócios com mensalidade em dia. Deste total, cerca de 3.300 foaram ao Parque São Jorge. Os números que deram a vitória a Gobbi ainda não foram divulgados.
A votação começou às 9 horas e terminou às 17 horas. O ambiente ficou agitado durante todo o período, com a presença dos dois candidatos, seus pares e muitos associados. Destaque para Andrés, que caminhava ao lado de Gobbi carregando em sua camisa a mensagem "Não para, não para, não para", referência a uma música da torcida alvinegra e à continuidade que o novo presidente dará a seus projetos.
Mário Gobbi, que foi diretor de futebol durante três anos do mandato de Sanchez, tem como principal objetivo dar sequência aos feitos alardeados pela última gestão. Estruturalmente, suas missões são obter já nos próximos meses um contrato de naming rights para o estádio que está sendo construído em Itaquera, concluir as obras do centro de treinamento das categorias de base (anexo ao dos profissionais) e viabilizar a transformação da Fazendinha em uma casa de shows.
As ações publicitárias também pautaram o discurso eleitoral do situacionista. Apesar dos protestos da torcida, ele aprova a instituição de camisas de cores alternativas – como o roxo e o grená. A iniciativa de angariar torcedores na China com a contratação de um atleta asiático (Chen Zhizhao aguarda sua documentação para vir ao Brasil) também agrada.
Ele também não se importa em manter o clube endividado. Andrés sempre preferiu investir em estrutura e na contratação de jogadores renomados como Ronaldo e Adriano a amortizar o valor do débito alvinegro, que saltou de R$ 101,6 milhões em 2007, último ano da gestão Alberto Dualib, para R$ 178,9 milhões no fim de 2011.
Em contrapartida, houve evolução na receita total nos últimos quatro anos: pulou de R$ 133,7 milhões em 2007 para R$ 290,5 milhões em 2011, a maior entre todos os clubes brasileiros. Além disso, as contas foram fechadas no azul pela quarta vez seguida, com saldo positivo de R$ 5,3 milhões.