A goleada de 7 a 1 sofrida para a Alemanha no Mineirão, que encerrou a instável trajetória da Seleção Brasileira na última Copa do Mundo, ainda tenta ser explicada pelos membros da CBF. O presidente da entidade, José Maria Marin, criticou a postura do comandante Luiz Felipe Scolari e afirmou que a omissão da comissão técnica foi determinante para a construção do desastre em solo mineiro.
Na concepção do mandatário, Felipão deveria ter tomado duas medidas de precaução no compromisso com a Colômbia, em partida válida pelas quartas de final do principal torneio do futebol mundial. Marin disse que o certo seria preservar Neymar – vítima de uma joelhada de Zúñiga, que tirou o camisa 10 verde-amarelo da Copa – e também Thiago Silva. Porém, o presidente se equivocou ao tratar da substituição do capitão, uma vez que o defensor já havia sido punido com cartão amarelo quando o esquadrão canarinho marcou o segundo gol e fechou a vitória por 2 a 0.
“Quando fizemos 2 a 0 contra a Colômbia, com gol de falta do David Luiz, a providência imediata naquele instante seriam as substituições de Neymar, que não tinha se machucado ainda, e Thiago Silva. Ambos tinham cartão amarelo. Foram detalhes decisivos. Houve omissão da comissão técnica. Alguém deveria ter percebido isso”, disparou, ainda que equivocado, em entrevista ao SporTV.
Adiante, Marin preferiu não detalhar o fiasco ocorrido em Belo Horizonte, mas expôs o panorama observado nos dias que antecederam o compromisso diante da formação germânica, que ficou com a taça. “Neymar, além da sua ausência importantíssima dentro de campo, gerou um impasse psicológico. A Seleção Brasileira ficou abalada, e nem preciso dizer o que houve em seguida”, enfatizou.
Assim, o presidente da CBF enxerga os Jogos Olímpicos de 2016 como uma alternativa de redenção por parte dos canarinhos, que ainda tentam minimizar o fiasco apresentado no Mundial. “Nossa responsabilidade ficou maior, pois não pudemos dar uma grande alegria ao povo brasileiro, que é merecedor. Além disso, é uma conquista que não conta em nosso currículo futebolístico. Ou seja, oportunidade imensa”, findou.