O Corinthians de 2009 começou a mostrar a sua nova cara com a goleada por 5 a 1 sobre o Estudiantes, da Argentina, vice-campeão da Copa Sul-americana. Com um ataque renovado e um meio-campo mais consistente, o Timão empolgou os torcedores e também ganhou elogios do técnico Mano Menezes.
Otimista para com as perspectivas de realizar uma boa campanha na temporada, já que ainda contará com os retornos de Dentinho (na seleção sub-20) e Morais (suspenso), além de Ronaldo ‘Fenômeno’, aprimorando sua forma física, o gaúcho apontou as diferenças entre a equipe campeã da Série B e a que está dirigindo atualmente.
“Quando se coloca jogadores novos, algo sempre muda algo, e é isso que estamos tentando ajustar. O Jorge Henrique é de flanco como o Dentinho, mas mais de armação do que definição, e isso nós já conseguimos ver. O time tem armador”, comemorou.
“Agora temos que ajustar o posicionamento do Souza, que é mais pivô do que um jogador de velocidade. Muda um pouco a jogada que temos que preparar para ele”, admitiu. “Nosso meio-campo também está diferente, pois o Túlio fica mais fixo, mas dá maior liberdade para o Elias, que é um jogador que gosto tanto como segundo tanto como terceiro do meio-campo”, completou.
Questionado se a entrada de Ronaldo ‘Fenômeno’ em uma equipe que mostrou um ataque bem entrosado com Jorge Henrique e Souza, autores de três dos cinco gols do Corinthians sobre os argentinos, poderia causar uma dependência do pentacampeão, como acontecia no São Paulo com Adriano, Mano rebateu:
“O Adriano não tem nada a ver com o Ronaldo em termos de característica. Ele (Ronaldo) não centralizará as ações do meio-campo. Não adianta ficar jogando bola na área, pois não é um exímio cabeceador. A equipe estará bem preparada para recebê-lo bem e ele irá retribuir da mesma forma”, apostou, garantindo um lugar para o camisa nove assim que ele estiver pronto.
Souza, que a princípio briga por um lugar no ataque com o pentacampeão, acredita que não terá problemas em atuar ao lado de Ronaldo. “O Corinthians tem vários jogadores que chegam bastante à frente, como o André Santos, o Elias e o Alessandro. Não há problema algum em ter dois jogadores mais fixos”.