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Maggi se encontra com João Havelange em busca de apoio para Cuiabar sediar a copa

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Um dos maiores entusiastas da realização de jogos da Copa de 2014 em Cuiabá, o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, tem uma agenda muito importante (e estratégica, segundo os analistas esportivos) nesta segunda-feira (16), no Rio de Janeiro: ele se encontra com o ex-presidente da Federação Internacional de Futebol Association (Fifa), João Havelange.

O encontro tem horário e endereço definidos: será às 15h, no número 89 da Avenida Beira-Rio, no Centro do Rio. A pauta, no entanto, não foi divulgada. E, certamente, nem precisaria, pois Havelange, aos 93 anos, até hoje, é um personagem de destaque no mundo dos esportes, sobretudo, quando se fala em Copa do Mundo.

Blairo Maggi, como se sabe, vem apostando todas as fichas do Governo de Mato Grosso, com o objetivo de fazer com que Cuiabá seja uma das 12 subsedes de jogos da Copa do Mundo de 2014. Uma demonstração dessa ação política e administrativa foi dada no começo deste mês, quando o governador liderou a recepção ao comitê de inspeção da Fifa e da CBF, expôs os projetos que atenderiam às exigências de encargos e agiu com extrema diplomacia diante das críticas do Governo do vizinho Mato Grosso do Sul, que também sonha com a “vaga” na Copa.

O encontro que Maggi terá nesta segunda-feira com Havelange faz sentido, neste momento, em que o Estado sonha com a “classificação” para 2014, é estratégico. O velho cartola foi o homem mais poderoso e influente do futebol mundial por 24 anos, período em que presidiu a Fifa, e é sempre lembrado pela contribuição que deu para se revolucionar o esporte mais popular do mundo. O reinado de Havelange, por sinal, teve início em 1974, quando se tornou o primeiro não-europeu a ocupar a presidência da entidade. Foi reeleito por nada menos do que seis vezes consecutivas, o que o levou a recebeu o título de “maior multinacional do mundo”.

De 1955 a 1963, foi membro do Comitê Olímpico Brasileiro. Dois anos depois, assumiu a presidência da extinta Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que se transformou na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nas conquistas dos títulos mundiais de 1958, 1962 e 1970 pela Seleção Brasileira. Só saiu da organização para entrar na Fifa. Em 1998, passou o posto ao suíço Joseph S. Blatter. Hoje, a CBF é comandada por Ricardo Teixeira, ex-genro de Havelange.

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, por sinal, na recente visita a Cuiabá, dia 4 de fevereiro, não economizou elogios a Blairo Maggi, destacando o papel do governador na luta pela escolha de Cuiabá como uma das sedes de jogos da Copa do Mundo de 2014. Não bastasse isso, fez uma revelação, até, sintomática: como convidado da CBF, Maggi irá à Zurique (Suíça), no dia 20 de março, para acompanhar a divulgação dos nomes das cidades escolhidas para os jogos da Copa.

A propósito, Maggi esteve em Zurique, quando a Fifa escolheu o Brasil para sediar o Mundial de 2014. A sua participação no evento da Fifa, em outubro de 2007, na Suíça é um dos argumentos de Mato Grosso para mostrar seu empenho pela Copa. Na ocasião, o governador mato-grossense esteve com colegas dos Estados com cidades-candidatas (a exceção foi André Pucinelli (PMDB), de Mato Grosso do Sul), que se fizeram presentes ao lado do presidente Lula da Silva, ministros, do ex- jogador Romário, do escritor Paulo Coelho e do técnico da Seleção, Dunga.

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