Otimismo. Essa parece ser a palavra-chave do Palmeiras neste início de temporada. Com cinco reforços confirmados e a chegada do experiente Wanderley Luxemburgo, a aposta da equipe é na conquista do Campeonato Paulista. O próprio técnico, aliás, não vê adversários para o Palmeiras na competição e promete montar uma equipe com condições de ganhar o título.
“Não tem contra quem é mais difícil. O Palmeiras vai brigar pelo título contra todas as equipes que disputam a competição”, decretou Luxemburgo, que também admitiu que clubes de menor expressão podem dificultar tanto quanto os rivais São Paulo, Corinthians e Santos.
“Sempre surge alguém. Até porque você tem que entender que eles (times do interior) estão trabalhando há dois meses. Nós sabemos que vamos encontrar dificuldades e por isso até que avançamos lá em Atibaia, colocando os atletas para fazer trabalho com bola no período da tarde”, analisou.
Até mesmo o jejum de dez anos sem conquistas estaduais não parece abalar a moral elevada do Palmeiras. “Não existe essa preocupação. Nós temos a obrigação de vencer porque estamos aqui para lutar pelo campeonato. O tempo de jejum não muda nada, o que temos que fazer é um trabalho bem feito”, decretou.
Já com relação à estréia contra o Sertãozinho, na quinta, em Barueri, o treinador se mostrou tranqüilo. Para ele, o time se ajustará ao longo do torneio. “A base do Palmeiras ajuda muito. O Caio (Júnior) deixou uma base que lutou para ir a Libertadores. Não da para precisar quando vamos estar prontos, mas isso é importante.”
Mesmo assim, Wanderley Luxemburgo considera a possibilidade de escalar até três atacantes. “Eu vejo que o Valdívia precisa se aproximar mais do gol. Ele tem velocidade, se enfia bem pelo meio, enquanto o Diego (Souza) joga mais por trás. Posso colocar o Valdívia mais pra frente ou deixar onde ele está”, analisou.
Para o treinador, a escalação com três atacantes é uma tendência internacional. “Tenho notado no futebol mundial que as equipes, especialmente as inglesas, não jogam com um ou dois atacantes, mas sim com três. Está havendo uma mudança e um bom exemplo é o Manchester, o Real, o Barcelona e até a seleção de Portugal”, contou.
“Colocar três atacantes é uma forma de fazer com que as equipes te ataquem com menos força. É uma forma de botar o time defensivamente. Veja o Felipão, por exemplo, já totalmente adaptado pelo futebol internacional, fazendo isso em Portugal”, exemplificou Luxa, que se seguir esta linha, deve escalar Valdivia, Diego Souza e Alex Mineiro na frente.