Ao tomar conhecimento que o Tribunal de Justiça Desportiva da Federação
Mato-grossense de Futebol, concedeu uma liminar ao Operário, permitindo
que o atacante Dhiogo enfrente o Sorriso, nesse domingo, o presidente do
Luverdense, Helmute Lawisch garantiu que poderá apelar ao Superior
Tribunal de Justiça Desportiva (STJD da CBF, no Rio de Janeiro.
“Isso se realmente o Operário não perder os 6 pontos”, disse o dirigente,
crendo no cumprimento do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
De acordo com o artigo 214 do código, ‘o clube que entrar em campo com um
atleta irregular, será penalizado com a perda de 6 pontos e ainda multado
em espécie, com valores que variam de R4 5 a R$ 50 mil.
A polêmica todo começou depois que o TJD da Federação Mato-grossense
divulgou na quarta-feira, o resultado do julgamento da terça (14). Na
sessão, o atacante Dhiogo fora suspenso por duas partidas, após expulsão
no jogo Operário x Cáceres, em 9 de fevereiro. Como não teve defensor, o
atleta foi julgado a revelia.
Além de não enviar defensor ao julgamento, a diretoria do Operário ignorou
a suspensão e escalou Dhiogo na partida de quinta (16), quando o Operário
goleou o Luverdense por 5 a 1. O atleta chegou a marcar dois gols.
No dia seguinte, após tomar ciência da punição, através do Jornal A
Gazeta, a diretoria do Operário decidiu tentar justificar: “Nosso advogado
pediu ao Tribunal para transferir o julgamento, porque ele não estaria em
Cuiabá na data”, alegou José Maria Fratuchelli, dirigente Tricolor. No
entanto, tal pedido sequer chegou aos mãos do presidente do TJD, Ildo de
Assis Macedo, e, se chegasse, ele precisaria deferir a solicitação, para o
processo ser adiado.
“Se nós tivéssemos cometido esse erro, tenho certeza de que qualquer outro
clube também pediria a punição. Por isso decidimos interpor o recurso no
Tribunal”, concluiu Helmute.
Para piorar a situação do clube de Várzea Grande, o secretário do TJd,
José de Almeida, declarou ontem a noite que “o Operário foi notificado
sobre o julgamento e que portanto, Dhiogo atuou irregular”, afirmou.
Alheia à legislação desportiva, parte da imprensa da Capital, simplesmente
ignorou o erro e de forma parcial, saiu em defesa do Operário.