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Lúcio relata bronca e premeditação de Autuori para dispensá-lo

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O zagueiro Lúcio já estreou pelo Palmeiras neste início de temporada, mas a desastrosa passagem pelo São Paulo no ano passado ainda o incomoda. Nesta segunda-feira, o experiente jogador de 35 anos voltou a falar sobre o que aconteceu nos bastidores do clube do Morumbi em 2013, sem esconder a mágoa com alguns companheiros de trabalho. O principal alvo do descontentamento é o treinador Paulo Autuori, com quem o defensor teve atritos que culminaram em seu afastamento – a ponto de não entrar mais nas dependências do Tricolor.

“Eu, particularmente, posso dizer que a minha participação foi: depois do treinamento, peguei uma bola, fui no campo society e fiquei aperfeiçoando algumas coisas. E ele me falou: ‘eu achei uma falta de respeito o que você fez’. Eu pedi desculpas, mas disse que fazia aquilo desde que eu cheguei ao clube. Na ocasião eu estava com meu primo que estava pegando as bolas para mim, ele pensou que era um preparador e veio me questionar, dizendo que contratei um preparador próprio”, relatou Lúcio em entrevista ao canal Sportv.

O atual zagueiro do Palmeiras seguiu contando o episódio, deixando a entender que o treinador Paulo Autuori não quis ouvir suas explicações e já pensava em tomar uma decisão mais dura com relação ao jogador. “Nesse momento, como não tenho nada a esconder, eu falei: se você achou uma falta de respeito, fique tranquilo que não vai mais acontecer, não sabia que você não gostava que eu treinasse um pouco a mais’. Ele não me escutava e só falava ‘vou te punir’”.

Pentacampeão mundial, Lúcio chegou ao São Paulo como a grande contratação para a temporada, mas o mau desempenho e as dificuldades de relacionamento com Paulo Autuori abriram margem para especulações com relação ao seu comportamento. O defensor do Palmeiras, porém, que chegou a ser acusado de desagregar o elenco são-paulino, rebateu as críticas, afirmando que nunca teve problemas desse tipo na carreira.

“Não tive problema nenhum com jogador e isso os fatos comprovam. Um jogador indisciplinado não ficaria doze anos no futebol europeu. Foi um caso específico, que pode acontecer com qualquer jogador, mas tenho a consciência que tentei fazer o melhor por onde passei. Onde eu passo, sempre deixei muitos amigos. Pelo fato de ter sido a grande contratação do ano, é claro que a cobrança foi muito maior, mas futebol são onze jogadores, não se joga sozinho”, completou o zagueiro.

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