O acidente com o avião que levava integrantes do Palmas Futebol e Regatas, domingo, que terminou com a morte dos jogadores Lucas Praxedes, Guilherme Noé, Ranule e Marcus Molinari, além do presidente do clube, Lucas Meira, e do piloto Wagner Machado, deixou marcas no Cuiabá que vão além da possibilidade de encarar o time de Tocantins abalado com as perdas pessoais nas quartas de final. O acidente mexeu, especialmente, com o lateral-esquerdo Romário, que perdeu o amigo Guilherme Noé, com quem mantinha amizade desde os 14 anos, quando começaram a jogar juntos.
Em uma mensagem nas redes sociais, o jogador cuiabanista disse que estava feliz com a rotina em Cuiabá e com o acesso para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro conquistado na sexta-feira passada, até que soube da notícia pela televisão.
“Você acorda feliz e vai para sua rotina, recebe a notícia de que um amigo da vida e de profissão vem a falecer em um acidente de avião, indo fazer o que mais ama nessa vida que é jogar futebol! Juntos crescemos, juntos sonhamos, e juntos realizamos nosso sonho de nos tornarmos jogador profissional! Nos conhecemos no sub-14 e juntos trilhamos nossos caminhos. Faltam palavras nesse momento. É com muita dor que recebo essa notícia. Descanse em paz meu amigo, você foi um guerreiro e referência de foco e determinação! Que Deus conforte os corações dos familiares”, escreveu abaixo de fotos com o amigo.
Os quatro atletas eram recém-chegados ao clube e viajavam de Palmas para Goiânia, onde enfrentariam o Vila Nova ontem. O jogo foi cancelado e não tem data remarcada. Eles haviam testado positivo para a Covid-19 e por isso não estavam no voo de carreira com o qual o restante da delegação viajou. Como na data do jogo estariam aptos a jogar, de acordo com os protocolos da CBF, ele pegaram carona no avião do presidente, que já ia a Goiás assistir a partida.
O Palmas estreou na Copa Verde vencendo o Real Noroeste por 2 a 0 e se classificou para enfrentar o Vila Nova.