Foi frustrada a investida da CBF junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar derrubar a liminar da Justiça gaúcha, que determina a inclusão do Brasil de Pelotas na Série C do Brasileirão. A medida cautelar impetrada pela entidade na terça-feira foi julgada na quinta-feira pela ministra Maria Isabel Gallotti, que indeferiu a petição, extinguindo ainda o processo aberto em Brasília. Ela entendeu que a CBF não cumpriu pré-requisitos do regimento interno para acionar o Tribunal. Com isso, a matéria continua restrita ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
Diante da decisão, os Campeonatos Brasileiros da Série C e D continuam sem uma data para serem abertos. Os clubes já contabilizam prejuízos financeiros com a indefinição. Em Mato Grosso, os times do Luverdense, Cuiabá, ambos integrantes da Série C e o Mixto, este classificado para disputar a Série D, decidiram organizar Copa Pantanal para não deixar os times tanto tempo sem disputar um jogo oficial. O Caxias, vice-campeão gaúcho, foi convidado para fazer parte da competição preparatória aos torneios organizados pela CBF.
"Agora vamos ter que esperar para ver como a CBF vai lidar com esse abacaxi. O problema é que não há outro recurso que tenha um efeito tão rápido, na semana que vem por exemplo. O que se tem para fazer agora levaria de 20 a 30 dias para ter um parecer da Justiça. O STJD já determinou que a Série C só comece com tudo resolvido e ninguém sabe como vão ficar os clubes e a competição", afirmou o advogado do Brasil de Pelotas, André Araújo.
Vários clubes que participarão das duas divisões estão insatisfeitos pelo atraso do início das competições, que atrapalha o planejamento. O Tupi é um deles. "Compromete até a festa do centenário, que estava preparada para a estreia. O que deveria ser feito é adiar os jogos só dos times envolvidos", disse o presidente do time mineiro, Áureo Fortuna.
O Brasil de Pelotas tenta derrubar na Justiça comum o veredito do STJD, que puniu o clube gaúcho com a perda de seis pontos pela escalação irregular do lateral-direito Cláudio.