Derrotado pelo Flamengo no domingo em campo, o São Paulo acabou causando mais uma alegria à equipe carioca. Nesta terça-feira, a Justiça do Rio de Janeiro determinou que o Tricolor devolva a Taça das Bolinhas à Caixa Federal. O departamento jurídico no Morumbi ainda não foi informado oficialmente da decisão, mas já avisa que vai recorrer.
Ainda é possível que a equipe paulista consiga manter a posse do troféu, no Superior Tribunal de Justiça – a promessa é de luta até a última instância. Até que o recurso seja julgado, entretanto, a Taça das Bolinhas terá que ficar nos cofres da Caixa Econômica Federal, criadora da premiação.
Os advogados do Flamengo consideram a decisão da Justiça carioca uma vitória. A dúvida em relação ao dono da Taça das Bolinhas é consequência do confuso Campeonato Brasileiro de 1987, quando o Rubro-negro venceu o módulo verde Copa União, organizada pelo Clube dos 13, e se recusou a enfrentar os primeiros colocados do módulo amarelo. Por isso, a CBF, na época, considerou o Sport como dono do título.
O problema é que a Taça das Bolinhas tinha como regra ser oferecida a quem fosse campeão brasileiro cinco vezes ou alcançasse três títulos consecutivos. Na visão do Flamengo, que se sente campeão em 1987, ele teve direito a ficar com o troféu ao ser pentacampeão nacional em 1992.
A Justiça pernambucana, entretanto, exige que a CBF mantenha a decisão de que o Sport é o único campeão brasileiro de 1987. Com isso, o São Paulo seria o dono da Taça das Bolinhas por ter sido o primeiro pentacampeão brasileiro ao vencer o torneio em 2007. Por isso, a Caixa lhe entregou o troféu o início da temporada, em decisão que o Flamengo sempre tentou revogar.