A equipe feminina do Mixto parece que não vai ver tão cedo a cor dinheiro pela sua participação na Copa do Brasil de Futebol Feminino. Eliminadas da segunda fase do torneio nacional pelo Santos ao serem goleadas de 12 e 11 a zero, respectivamente, nos jogos de ida e volta, as garotas alvinegras esperam uma ajuda financeira por parte do departamento profissional do clube.
Mas uma notícia divulgada ontem à tarde pelo diretor financeiro do clube Lúcio Benedito da Silva aumentou ainda mais a angústia das jogadoras, que viram toda a renda da partida disputada no Verdão, no último dia 22 de outubro, ser arrestada pela Justiça Trabalhista. O montante de aproximadamente R$ 70 mil foi tomada para quitar dívidas com ex-funcionários do Mixto.
Na segunda-feira, Benedito da Silva ficou sabendo que a cota enviada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ao time feminino do Mixto no valor de R$ 5 mil foi bloqueada novamente pela Justiça. O novo arresto só foi possível por um equívoco cometido pela Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), responsável em realizar o repasse ao clube alvinegro.
Mas o que os dirigentes mixtenses não esperavam era que a operação financeira para driblar a Justiça Trabalhista não foi executada com sucesso. Em vez da grana ir direto para a conta corrente da FMF, o departamento financeiro da própria entidade mandou a CBF realizar o depósito de R$ 5 mil na conta desativada do Mixto no Banco Real. Desde ano passado, quando aumentaram as perdas de rendas por dívidas trabalhistas, o clube não fazia mais nenhuma movimentação financeira sob risco de perdê-la devido às inúmeras ações trabalhistas.
Sem saber o que fazer diante do caso, Lúcio Benedito afirmou que já comunicou a direção da federação sob comando de Carlos Orione para encontrar uma saída para quitar a dívida com o time feminino. "Havia um acordo entre o Mixto e a FMF para não depositar dinheiro na conta do clube sob risco de perder. Não sei o que houve, pois precisamos resolver esse problema o mais breve possível".