A Justiça de Minas Gerais autorizou o goleiro Bruno Fernandes a cumprir o restante da pena por homicídio qualificado em Várzea Grande. Com a decisão, o goleiro fica liberado a assinar contrato de trabalho com o Operário de Várzea Grande. O atleta cumpre prisão domiciliar em regime semiaberto.
Esta semana, o Ministério Público Estadual de Minas já havia assinado parecer favorável à contratação de Bruno pelo Operário. “Considerando que a obtenção de trabalho foi uma das condições assumidas para o cumprimento da pena no regime semiaberto em prisão domiciliar e tendo em vista a profissão que sempre exerceu o reeducando e o teor da proposta de emprego por ele apresentada, o Ministério Público não se opõe ao requerimento”, dizia trecho do documento.
Conforme Só Notícias já informou, o atleta de 35 anos aceitou a proposta da equipe mato-grossense principalmente por manter boa relação com membros da diretoria do CEOV. O Operário de VG é comandado por Roberto de Moraes, que é irmão de Roni de Moraes, presidente do clube Boa Esporte de Minas Gerais, único clube que Bruno defendeu depois de ser condenado. No ano passado também foi apresentado pelo Poços de Caldas-MG, mas não entrou em campo e se despediu em menos de dois meses.
Segundo o supervisor do Operário de Várzea Grande, André Xela, o goleiro já definiu as bases salariais para atuar em 2020. “O Bruno aceitou nossa proposta por acreditar no projeto. Ele vem com salário mensal dentro do teto do clube, que é de R$ 4 mil a R$ 6 mil. Não vamos fazer loucura”, afirmou o supervisor de futebol do clube, em entrevista ao portal O Globo. Segundo o representante do CEOV, Bruno já pediu preparador de goleiros e deve estar apto a entrar em campo em dois meses.
Bruno Fernandes foi preso em 2010 acusado de participar da morte da modelo Eliza Samúdio, com quem tinha um filho. Na época, ele defendia as cores do Flamengo-RJ. Em 2013, foi condenado a 20 anos e nove meses de prisão pelo assassinato.