Após duas derrotas na Justiça Comum nos últimos dias, o presidente da Portuguesa deu uma declaração polêmica nesta sexta-feira, e afirmou que estaria desistindo da ação que poderia recolocar o clube do Canindé na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. O vice-jurídico da Lusa, porém, explicou que o processo vai continuar, mesmo com as remotas possibilidade de permanecer na Série A.
“Ele (Ilídio Lico) se expressou mal, o que ele quis dizer que com a suspensão da liminar, a Portuguesa terá que jogar com a Série B. A ação continua. Temos que aguardar o desenrolar processual”, disse o vice-presidente jurídico Orlando Cordeiro de Barros, em entrevista à GazetaEsportiva.net.
Com relação à disputa da primeira divisão do Campeonato Brasileiro, o responsável pela parte jurídica do clube do Canindé seguiu o discurso de Ilídio Lico e não mostrou otimismo. Para Orlando, não há tempo hábil para que o caso seja julgado, já que a competição tem início marcado para o dia 19 de abril.
“Acho difícil disputar, principalmente pelo tempo”, confirmou Orlando, ciente de que a preparação da Portuguesa, assim como já havia dito Ilídio Lico, será mesmo para a disputa da Série B. O clube rubro-verde, aliás, faz o seu primeiro jogo já na próxima sexta-feira, contra o Joinville, às 19h30 (de Brasília), em Santa Catarina.
Questionado sobre possíveis ameaças da CBF, o representante da Lusa afirmo que não chegou nenhuma formalidade ao Canindé. Orlando, aliás, também não mostrou ter medo com relação a algum tipo de punição por causa da investida na Justiça Comum. “Punição cabe, mas acredito que isso deve acontecer apenas em estados totalitários, não, em um Estado democrático de direito”.
Agora, o jurídico da Portuguesa espera o desenrolar do processo, mas, em caso de vitória na Justiça, também não sabe dizer quais seriam as mudanças. Afinal, o Campeonato Brasileiro já estaria em andamento, com o calendário da temporada pronto, e os vinte clubes definidos na primeira divisão.