Os sete jogadores que foram liberados pelo Mixto no dia de ontem encontraram abrigo do outro lado da ponte. O goleiro André, zagueiro Asprilla, laterais Carlos Alberto, Jorginho e os volantes Ívis e Vítor são os mais novos reforços do Clube Esportivo Operário Várzea-grandense. Todos eles, demitidos por terem almoçados com o presidente tricolor, empresário César Gaúcho, no último fim de semana, vão se apresentar hoje de manhã ao técnico Éder Taques.
Outro reforço do clube várzea-grandense para a disputa do Campeonato Estadual da Segunda Divisão é o técnico Eduardo Henrique, que aceitou ser o gerente de futebol do ‘Chicote" da Fronteira. Ele disse sim à proposta após seu companheiro de profissão Éder Taques ter dado todo aval para sua contratação. Eduardo era um dos nomes cotados para assumir o comando técnico do Sorriso Esporte Clube, um dos times que vão tentar o acesso à Primeira Divisão do Mato-grossense ao próximo ano.
Ao contratar os atletas liberados pelo Alvinegro da Vargas, César Gaúcho afirmou que estava se sentindo ‘culpado" pelas demissões feitas pelo presidente mixtense Hélio Machado. Segundo o dirigente, por ser do meio futebolístico, tem amizade com vários jogadores Brasil afora. "Não vejo nada demais, mesmo se tratando de futebol profissional, eu almoçar com jogadores que já tenho amizade. Para mim a diretoria do Mixto agiu de forma preconceituosa", ressaltou Gaúcho.
O presidente operariano afirmou ser surpreendido pelas declarações de Hélio Machado ao acusá-lo de assédio ao elenco de jogadores do Mixto. De acordo com ele, a dupla de atacante Paulo Henrique e Marclei, que defenderam o Alvinegro no Mato-grossense, foi contratada por quê já não possuía mais nenhum vínculo com o clube rival. César Gaúcho revelou que recentemente emprestou R$ 10 mil para a diretoria mixtense. "Nunca quis prejudicar o Mixto. Pelo contrário, já ajudei o Hélio Machado", finalizou.