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Jardine deixa de ser treinador do time principal do São Paulo após eliminação na Libertadores

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Gazeta Esportiva/Flavio Prado (foto: Rubens Chiri)

Andre Jardine não será mais o técnico do time principal do São Paulo. No entanto ele fica no clube, já que é querido por todos, especialmente na direção. Talvez se aposte num fenômeno semelhante ao ocorrido com Fábio Carille que dirigiu o time, saiu e voltou pouco depois ao comando do Corinthians com enorme sucesso.

O time do São Paulo tem vários problemas. A cultura de se defender e contra-atacar do ano passado com Diego Aguirre, está muito arraigada no grupo, que na hora da adversidade parte para bolas longas, correrias e fogem do padrão que Jardine tanto admira, que é a a posse de bola e marcação ofensiva penetrando pelos lados do campo.

Muitos jogadores também não estão na plenitude como Hernanes, Jucilei, Everton, Bruno Peres e o próprio Nenê. Mas os jogos contra o Talleres não admitiam falhas. Como elas vieram, seria normal a troca, dentro da cultura do futebol brasileiro.

Jardine foi respeitado pelo clube. Aqueles que o conhecem bem, sabem que o estilo dele não foi o que se viu nos últimos jogos. Então não seria justo queimá-lo porque pode dar bem mais ao clube, lá na frente. Agora veremos o que o São Paulo fará. Os nomes mais óbvios são de Cuca, que está doente e talvez não consiga liberação médica e Juan Carlos Osório. Osório gosta muito da cidade e do tricolor, mas teve sérios problemas com a direção, à época de Carlos Miguel Aidar.

Ele saiu do Paraguai por falta de pagamento. Talvez aceite um eventual convite, coisa que eu não faria, afinal ainda há muitos resquícios das más práticas, que ele condenou e sofreu, quando passou pela primeira vez no tricolor. Mas deixou ótimas lembranças e isso pesa bastante.

Aliás o arrependimento está chegando a cada dia no Morumbi. Carlinhos Neves voltou. Muricy é sempre lembrado e Milton Cruz foi sondado no começo do ano para voltar, mas não topou. Agora falam e Cuca e Osório. Cuca sempre foi vinculado a Juvenal Juvêncio e o São Paulo têm várias “viúvas” dele na direção. Já Osório fez um trabalho sensacional e só saiu porque se assustou com a falta de comprometimento, que encontrou entre os dirigentes.

Dez anos sem ganhar nada pesam demais. As fórmulas mágicas estão falhando uma a uma. Até quando Leco continuará terceirizando culpas? No ano que vem ele terá que sair da presidência a menos que queiram inventar nova mudança no estatuto. A primeira canetada nele foi o começo do desastre atual. Juvenal morreu e não deixou herdeiros. E o espólio está sendo disputado a tapa, por pessoas que não merecem a grandeza do São Paulo.

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