Japão e Croácia provaram neste domingo que não devem ir longe na Copa do Mundo de 2006. Em um jogo sem grandes emoções, as duas equipes do grupo do Brasil ficaram em um sonolento 0 a 0, no Frankenstadion, em Nuremberg. O resultado foi bom para os brasileiros, que podem garantir, de forma antecipada, a vaga nas oitavas-de-final com uma vitória sobre a Austrália.
Já para Japão e Croácia, a igualdade não será comemorada, pois ambos vão permanecer nas últimas posições do grupo, com apenas um ponto. Na próxima rodada, o Japão enfrenta o Brasil, em Dortmundo, enquanto a Croácia viaja até Stuttgart para enfrentar a Austrália.
A partida em Nuremberg começou com muito respeito entre as equipes e pouca emoção. O Japão insistia em lançamentos longos para o campo do ataque, dificultando o trabalho de seus atacantes, enquanto a Croácia, com um esquema bastante cauteloso, chegava de forma tímida na frente.
Até que aos 20 minutos, a equipe européia teve uma chance clara de abrir o marcador. Prso ganhou a disputa no corpo com Miyamoto e, na seqüência do lance, acabou derrubado na área. O árbitro Frank de Bleeckere confirmou o pênalti. Só que Srna telegrafou a batida no canto esquerdo da meta e o goleiro Kawaguchi fez bela defesa.
Após o pênalti, a Croácia deu a impressão de que iria marcar. O time europeu criou duas chances consecutivas, com o habilidoso Niko Kranjcar. Na segunda oportunidade, o meia mandou uma bomba de fora da área e a bola explodiu no travessão do arqueiro asiático.
Depois dos 30 minutos, o Japão perdeu um pouco a timidez e passou a figurar mais no ataque. Como as peças ofensivas do time de Zico não funcionavam, a opção do meio-de-campo foi apostar em chutes de longa distância. Só que o goleiro Pletikosa se mostrava seguro.
No segundo tempo, os japoneses provaram sua dificuldade em colocar a bola para a rede. Kaji avançou pela direita e cruzou rasteiro. Livre, Yanagisawa conseguiu chutar a bola no corpo do goleiro, que estava fora da direção meta, para desespero de Zico no banco de reservas do Frankenstadion.
Desta forma, o jogo seguia sem empolgar a todos que estavam no estádio. De olho em gols, o treinador do Japão apostou na entrada de Tamada e a saída de Yanagisawa. Já a Croácia respondeu com uma alteração ofensiva, o atacante Olic no lugar do volante Tudor.
Porém, os reservas também se mostravam sem inspiração. Portanto, Croácia e Japão foram obrigadas a se conformar com o empate e com as vaias da torcida que estava no campo ao apito final da partida.