O técnico Muricy Ramalho, do Inter, minimizou a liminar concedida ontem pela juíza Munira Hanna, da 1ª Vara Cível de Porto Alegre, ao sócio do clube gaúcho Leandro Konrad Konflanz. A decisão judicial contesta a do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que resolveu anular os 11 jogos apitados por Edilson Pereira de Carvalho em razão do escândalo da arbitragem. Caso a liminar seja homologada pela CBF, o Inter tiraria o Corinthians da liderança.
Mas Muricy teme que essa briga jurídica atrapalhe a concentração de seus jogadores e pediu para que eles se foquem no jogo de amanhã com os corintianos, às 16h, no Pacaembu. O treinador ainda afirmou que não acredita que a liminar seja acatada pela CBF.
“Não adianta ficar achando que a liminar da juíza vai nos ajudar. Semana que vem essa decisão vai ser cassada e volta ao que era. Precisamos é ganhar no campo”, disse o técnico.
Ontem, o próprio presidente do STJD, Luiz Zveiter, descartou uma mudança na tabela de classificação por causa da liminar. Já a CBF não fez nenhum pronunciamento oficial sobre o caso.
Time-base
Apesar de Muricy dizer que pode fazer “alguma coisa diferente” para enfrentar o Corinthians, não deve haver uma mudança radical na equipe titular.
O Inter deverá jogar com Clemer, Elder Granja, Edinho, Ediglê e Alex (ou Jorge Wagner); Gavilan, Perdigão, Tinga e Ricardinho; Fernandão e Rafael Sobis.
No treino deste sábado, o último antes da “final”, o clube gaúcho liberou a entrada de crianças no gramado das 9h às 9h30, depois de encerradas as atividades.
Os garotos até 10 anos puderam conversar com os jogadores e pedir autógrafos. Mas antes, para poder assistir ao treino, cada torcedor teve que deixar um brinquedo no portão da social do Beira-Rio. Foi uma maneira de colaborar com um programa social da primeira-dama do Estado, Claudia Rigotto.