Pouco agressivo, Inter perde, de virada, para o Veranópolis. Na terra da longevidade, o Inter não teve vida fácil. No segundo jogo dos titulares pelo Campeonato Gaúcho, os colorados não conseguiram pontuar. O Veranópolis, um adversário que por diversas vezes complicou a vida dos colorados, surpreendeu. Mesmo tendo saído atrás no placar, o VEC virou, com gol aos 48 do segundo tempo, vencendo por 2 a 1.
O time que disputará a Libertadores será, em tese, bem diferente do colocado no irregular gramado do Antônio David Farina. Sem poder contar com Bolívar, Bolatti, Zé Roberto, Rafael Sóbis e Cavenaghi, Celso Roth escalou o que tinha de melhor, um rascunho do que é preparado para o principal objetivo do semestre.
Até a versão final muito trabalho precisa ser feito. Tentando ter D”Alessandro como segundo atacante, os colorados mostraram pouca produtividade ofensiva. O camisa 10 não consegue fugir de suas características, se tornando um pseudo homem de frente, ficando distante da área adversária.
O “erro” foi ter marcado aos 3 minutos de jogo. O gol de Leandro Damião fez o Inter se acomodar em campo. Quando o volume cresceu, no segundo tempo, o Veranópolis empatou, em chute certeiro de Bahia no ângulo de Lauro. Nos acréscimos, Alê decretou a virada.
Os três pontos deixam a equipe da Serra na terceira colocação da Chave 2. A derrota faz o Inter estagnar no segundo lugar do outro grupo.
Na última rodada da Taça Piratini, o Inter enfrenta o Pelotas. Caso o jogo seja antecipado para o sábado, Roth colocará seus principais atletas. Se for no domingo, o time B voltará a atuar. O VEC tentará avançar de fase enfrentando o Ypiranga.
O jogo – Não foi necessário muito tempo para o Inter marcar. Logo aos 3 minutos, a defesa do Veranópolis bobeou, D”Alessandro teve espaço para cruzar da direita e Leandro Damião, se antecipando ao zagueiro, tocou para as redes.
Nervoso, o VEC começou a fazer o que mais sabe nesse Gauchão, abusando da quantidade de faltas. O clube da Serra teve oito expulsões nas seis primeiras rodadas do Estadual.
O gol cedo fez o Colorado não ser tão incisivo como se espera. Tentando modificar o modo de atuar da equipe, escalando Tinga mais recuado e abandonando o esquema com três meias, Celso Roth tinha em D”Alessandro o seu segundo atacante. Sem a característica de entrar na área, o argentino participou bastante do jogo, mas muito mais como um meia do que como um homem de frente. O avanço reduzido dos laterais deixava a equipe com pouca munição para atacar. Era um Inter travado.
Sossegado em campo, os visitantes diminuíram a marcha, tornando a partida muito disputada entre as intermediárias, sem chances claras para marcar. Nem mesmo as inúmeras faltas cometidas pelo time de Roth nas proximidades de sua área eram aproveitadas pelo Pentacolor da Serra. O mais perto do perigo forma lances em que Lauro não segurou firme.
Tinga esteve mais solto no segundo tempo. Demorou 50 minutos entre o gol e a segunda chance clara criada pelo Inter. Tinga bateu para Luiz Müller salvar com os pés. Os colorados encorparam a atuação, avançando bastante, pressionando, mas concluindo pouco.
No melhor momento vermelho em campo, Bahia acertou um tiro, de longe, de primeira, de esquerda, no ângulo de Lauro para empatar o jogo, aos 22 minutos. O lance colocou um fermento nas emoções do confronto, deixando confronto corrido como nunca fora.
Nos acréscimos a virada do VEC se concretizou. Raulen, aos 48 minutos, bateu cruzado, no meio do caminho, Alê desviou para deixar o clube em terceiro lugar no Grupo 2. Outros jogos Em um confronto entre clubes da Capital, o São José bateu o Porto Alegre por 2 a 0, mas não ingressou na zona de classificação do Grupo 1. Já o time da família Assis Moreira segue tem a pior campanha da competição.
Em jogo emocionante, o Cruzeiro venceu na estreia do técnico Leocir Dall”Astra. O 3 a 2 dá um salta ao Cruzeirinho, indo para o quinto lugar da Chave 2.