O ex-jogador Pedro Rocha, ídolo do São Paulo e da seleção uruguaia, morreu em casa, nesta segunda-feira, um dia antes de completar 71 anos. Ele sofria de atrofia do mesencéfalo (doença degenerativa que o impedia de andar e falar, além de causar dano à visão, e se agravou nos últimos anos).
Pelo clube brasileiro, foram 119 gols e 393 partidas, do início da década de 1970 até 1977, além de um título nacional e dois estaduais. Pelo Peñarol, em que foi revelado, ganhou, dentre outros títulos, três vezes a Copa Libertadores e duas vezes o Mundial Interclubes (ou Copa Intercontinental) antes de seguir para o futebol brasileiro.
Único uruguaio a disputar quatro Copas do Mundo (1962, 1966, 1970 e 1974), Pedro Rocha tinha admiração de Pelé, para quem o meia era um dos cinco maiores jogadores do mundo. O Verdugo, como era apelidado, tinha chute fortíssimo, cabeceios arrasadores e excelente visão de jogo.
Nascido em Salto, no Uruguai, em 3 de dezembro de 1942, ele foi homenageado pelo São Paulo pela última vez no ano passado, durante partida contra o Corinthians, na véspera de seu aniversário de 70 anos. Antes disso, havia sido lembrado em uma série especial de camisas lançada pela antiga fornecedora de material esportivo em reconhecimento aos ídolos uruguaios do clube.
Neste ano, estava prevista a disputa de um amistoso entre São Paulo e Peñarol, em janeiro, com o intuito de reverter a renda do jogo à família do ex-jogador. A partida, contudo, foi cancelada a pedido do clube uruguaio, que teria sua pré-temporada prejudicada pela viagem para o Brasil.