Quase oito meses depois de deixar o comando do Internacional, Paulo Roberto Falcão foi apresentado como novo técnico do Bahia nesta terça-feira. Em sua primeira experiência no Brasil longe do clube gaúcho, ele concilia a missão de se afirmar como treinador com a de encerrar o jejum de títulos tricolor.
"Para mim, é motivo de satisfação ter sido escolhido por um clube de tanta história e tradição como o Bahia, que vive um novo momento. Foi uma decisão pensada, que tem a ver com a minha formação, com a maneira como levo as coisas. Estava muito confortável e queria voltar a viver de novo a adrenalina", declarou o substituto de Joel Santana.
Falcão começou a carreira de técnico em 1990, logo no comando da Seleção Brasileira. Depois, ele ainda passou por América do México, Internacional e seleção do Japão. Os fracassos o fizeram mudar de profissão: comentarista de futebol no rádio e na televisão.
Em 2011, ele voltou à beira do gramado ao aceitar o convite do Internacional, em abril. Conseguiu conquistar o título do Gauchão em cima do rival Grêmio, mas acabou sendo demitido após apenas três meses de trabalho.
Agora, no Bahia, Falcão precisa de um trabalho consistente, que leve o clube a voltar a levantar um troféu. Bicampeão brasileiro, o Tricolor não conquista um título desde 2001, quando venceu o Campeonato Baiano pela 43ª vez. E nesta missão de retornar ao caminho das vitórias, o treinador avisa que priorizará o Estadual.
"É evidente que a preocupação de quem assume um time grande é ganhar um título. O Campeonato Baiano é nosso primeiro objetivo, mas também pensamos além disso. Não é um torneio fácil, e temos que ter noção disso. Mas esses dez anos sem título servem de motivação. Estadual tem um sabor especial e olharemos com muito carinho e atenção para ele", garantiu Falcão.
Com quatro vitórias, um empate e uma derrota, o Bahia é o segundo colocado no Estadual. Falcão acompanhará o duelo com o Vitória da Conquista, nesta quarta-feira, das tribunas e só irá a campo pela primeira vez no clássico com o Vitória, no domingo.