O atacante Higuaín enfim marcou seu primeiro gol nesta Copa do Mundo. Na tarde deste sábado, a Argentina contou com gol de seu camisa 9 para derrotar a Bélgica por 1 a 0, no Mané Garrincha, quebrando um jejum de 24 anos para garantir a classificação para a semifinal do torneio.
Presente em todos os jogos da equipe de Alejandro Sabella neste Mundial, Higuaín vinha sofrendo com as cobranças por não balançar a rede, mas marcou o gol da vitória logo aos oito minutos de partida, quando mandou de primeira para a rede. A vitória fez a Argentina ultrapassar as quartas de final da Copa pela primeira vez desde 1990, quando alcançou a decisão.
Já a Bélgica, que até deu espaços demais a Messi, ainda tentou sobreviver insistindo no fim, mas não conseguiu evitar a eliminação. O criticado sistema defensivo argentino se segurou até o fim para festejar a classificação.
Portanto, a Argentina tem compromisso da semifinal na quarta-feira, às 17 horas (de Brasília), na cidade de São Paulo. O adversário será o vencedor do confronto entre Holanda e Costa Rica, que se enfrentam ainda neste sábado.
O jogo – A Bélgica não teve uma atenção tão especial com Lionel Messi, que tentou aproveitar a liberdade dada pelo adversário. Logo aos dois minutos, o camisa 10 avançou com a bola pela direita e fez a invertida para a esquerda, onde Lavezzi recebeu com liberdade, mas, em vez de chutar, preferiu tentar o passe para Higuaín, facilitando para a defesa.
A equipe de Alejandro Sabella começou o jogo com uma postura mais forte na marcação, trabalhando para impedir a saída do adversário do sistema defensivo. A estratégia surtiu efeito rapidamente. Aos oito, os argentinos roubaram a bola no meio-campo, e Messi trabalhou individualmente até servir a Di María, que tentou o passe para Higuaín. A bola desviou na defesa, mas o atacante girou na área e finalizou de primeira, acertando o canto direito do goleiro Courtois, sem chance de defesa.
A partir daí, a Bélgica buscou formas para responder, mas esbarrou no sistema defensivo do adversário, que teve mudanças em relação ao jogo passado. Demichelis atuou entre os titulares, no lugar de Fernández, enquanto Basanta assumiu o lugar do suspenso Rojo. No meio-campo, Sabella ainda colocou Biglia na vaga de Gago.
Como não conseguia se aproximar da área adversária, a Bélgica enfim ameaçou em chute de longe, aos 25 minutos, quando De Bruyne dominou a bola pela intermediária e soltou um chute forte, exigindo a defesa de Romero. A resposta argentina foi imediata, pois Messi fez lançamento nas costas de Kompany para Di María, que dominou e chutou, mas acertou o zagueiro. Depois da jogada, o atacante argentino reclamou de dores na coxa direita e precisou de cuidados dos médicos.
Neste instante, torcedores presentes no Mané Garrincha aproveitaram para gritar “ole, ole, olá, Neymar, Neymar”, em apoio ao atacante da Seleção Brasileira, que está fora da Copa por cotna de fratura na vértebra. Enquanto isso, Di María recebeu atendimento médico no lado de fora do campo e voltou para a partida, mas não suportou as dores e teve de ser substituído por Enzo Peres.
A ausência de seu camisa 7 fez a Argentina diminuir o ritmo, administrando o jogo, voltando a ameaçar apenas nos minutos finais. Messi dominou a bola na meia-lua e foi derrubado ao passar por entre dois marcadores. Na cobrança da falta, o camisa 10 chutou forte, no canto em que estava o goleiro, mas a bola subiu e passou por cima do travessão.
Antes do fim da etapa, a Bélgica respondeu. Vertonghen recebeu pela esquerda e cruzou para a área, onde Mirallas se antecipou à marcação e cabeceou rente à trave direita de Romero. Apesar do susto, a Argentina voltou à etapa final dominando. Assim, na primeira jogada da etapa final, Higuaín pegou a bola perto da linha de fundo, na esquerda, puxou para o meio da área e finalizou, mas acertou a marcação.
Pouco depois, depois de um contra-ataque mal organizado pela Bélgica, Higuaín arrancou em velocidade, tocou por entre as pernas de Kompany e soltou um chute forte, carimbando o travessão. Ao perceber a dificuldade de sua seleção, Marc Wilmots fez logo duas alterações, recolocando na equipe dois jogadores que já foram titulares, Mertens e Lukaku, nas vagas de Mirallas e Origi.
No primeiro lance depois das mudanças, a Bélgica levou perigo. Vertonghen cruzou da esquerda, e Fellaini cabeceou por cima do gol, assustando Romero. Os diabos vermelhos passaram a pressionar, motivando Sabella a mudar seu time também, com Palacio na vaga de Lavezzi.
Os argentinos suportaram a pressão até o fim, como no chute de fora da área de Van Bruyne, que desviou na zaga e enganou o goleiro, mas foi para fora. Messi até teve a chance de ampliar nos acréscimos, mas Courtois defendeu chute livre do astro, que não fez falta para a equipe de Sabella.