Os dois amistosos antes da estreia na Copa das Confederações foram de alívio para Hernanes. Apesar de ter começado na reserva, o volante saiu do banco para chutar a bola que Paulinho mandou nas redes no rebote no empate com a Inglaterra e marcou gol sobre a França, quitando uma dívida pessoal. Foi tão decisivo que ainda acredita: pode ser titular no sábado, contra o Japão.
"Meu objetivo é começar jogando, conseguir essa vaga. O mais importante é fazer a diferença de alguma maneira, entrando no começo, no meio ou no fim. E estou passando essa imagem não só para o Felipão, mas para o torcedor de que estarei pronto para ajudar a Seleção", disse o meio-campista.
A seu favor, o jogador da Lazio tem sua movimentação da defesa ao ataque, tendo ou não a bola nos pés, assim como Luiz Felipe Scolari pede. "O Felipão não combina o tempo que cada um vai jogar, mas como nos quer em campo. A minha característica é de fazer o time jogar e chegar à frente como surpresa, e estou preparado para executar isso entrando durante o jogo ou desde o início."
E já sem um enorme peso nas costas. O atleta revelado pelo São Paulo não conseguia esquecer da expulsão diante da França, em amistoso que o Brasil perdeu em 2011 em Saint-Denis, que comprometeu sua continuidade com Mano Menezes. O gol sob o comando de Felipão, em Porto Alegre, ‘lavou sua alma".
"Não pensei naquele jogo só quando entrei. Há dois anos aquilo não sai da minha cabeça, até porque vira e mexe alguém me perguntava sobre isso. Não teve como esquecer", comentou Hernanes, que abre um largo sorriso e até se demonstra emocionado com sua volta por cima ao falar do assunto.
"Aquela coisa fica na tua cabeça, mas quitei a dívida. Eu tinha um débito que ficou aberto no passado, mas pude quitar: em poucos minutos fiz um gol e ajudei em um momento crítico, porque 1 a 0 é perigoso. Estou livre, com a consciência tranquila. Sou um cara que não gosta de dever nada para ninguém", declarou.