Lewis Hamilton sofreu, mas conquistou a segunda vitória no Brasil da carreira. Neste domingo, o pentacampeão mundial perdeu a liderança para o jovem Max Verstappen depois de largar na pole, porém, graças a um incidente envolvendo o piloto da Red Bull e Esteban Ocon, conseguiu recuperar a primeira colocação e segurar o ímpeto do holandês para cruzar a linha de chegada em primeiro e subir no lugar mais alto do pódio no Autódromo de Interlagos, como fez em 2016.
Max Verstappen, por sua vez, fez uma excelente corrida e chegou a liderar até a volta 44, quando foi enormemente prejudicado pelo retardatário Esteban Ocon, que, sem nenhum motivo, bateu na parte traseira do carro do rival e o viu sair da pista. Assim, Lewis Hamilton não só acabou com a grande vantagem que o adversário da Red Bull havia construído, como também assumiu a ponta e, mesmo ameaçado nos momentos finais, não a largou mais.
Quem ficou com a terceira colocação foi Kimi Raikkonen. O finlandês, que disputou seu último GP do Brasil de Fórmula 1 como piloto da Ferrari – ele acertou seu retorno à Sauber para o ano que vem -, largou em quarto e fez uma corrida bastante sólida, garantindo ao menos um lugar ao pódio para a escudeira italiana, que acabou perdendo o campeonato de construtores para a Mercedes.
Sebastian Vettel, que largou na segunda colocação, terminou em sexto, enquanto o espanhol Fernando Alonso, que se despediu do GP do Brasil de Fórmula 1 neste domingo, cruzou a linha de chegada em penúltimo, à frente apenas de Lance Stroll, da Williams.
A corrida – Sebastian Vettel, ao contrário do ano passado, não largou bem e logo na primeira curva acabou perdendo a segunda colocação para Valtteri Bottas, da Mercedes. Enquanto isso, Max Verstappen, da Red Bull, não tomou conhecimento de Kimi Raikkonen e rapidamente assumiu a quarta colocação.
Pouco depois, Vettel novamente se deu mal, no mesmo lugar em que foi ultrapassado por Bottas. Desta vez, Verstappen foi o carrasco do alemão, não tendo qualquer dificuldade para deixar mais uma Ferrari para trás.
Tentando surpreender na estratégia, Fernando Alonso foi o primeiro piloto a fazer o pit stop, colocando pneus macios na volta 17. Em seguida, na volta 19, Bottas seguiu o exemplo do espanhol da McLaren e também voltou à pista com compostos mais resistentes, o que também foi aderido pelo seu companheiro de equipe, Lewis Hamilton.
Max Verstappen, por sua vez, não se abalou com a estratégia adotada pelos rivais da Mercedes e seguiu na pista com pneus supermacios. Desta forma, ele foi aumentando a vantagem para Hamilton e permanecendo na liderança por bastante tempo. Quando parou, optou por compostos macios, ao invés de médios, e não demorou muito para ultrapassar o pentacampeão mundial, que, surpreendentemente, não vinha conseguindo fazer frente ao holandês.
Na volta 44, porém, as coisas mudaram. O retardatário Esteban Ocon, sem qualquer razão, bateu na parte traseira da Red Bull de Max Verstappen, que foi enormemente prejudicado, saindo da pista. Desta maneira, não só a grande distância para Lewis Hamilton foi perdida, mas também a liderança.
Aos poucos, porém, Verstappen foi se recuperando e, esbanjando perseverança, fez um trabalho de formiguinha no restante da corrida, reduzindo a diferença para Hamilton a cada volta. Nos instantes finais, a distância entre os dois pilotos baixou para pouco mais de um segundo, mas o pentacampeão mundial mostrou por que é a grande estrela do esporte e se segurou firme quando mais foi exigido para garantir sua segunda vitória da carreira no Brasil.