O Corinthians mais uma vez jogou mal e foi por vezes dominado pelo Ferroviário, campeão da Série D do Campeonato Brasileiro em 2018. A sorte (e competência) do Alvinegro foi ter em seu quadro o centroavante Gustagol, autor dos dois gols dos paulistas na partida, ambas as vezes tirando a vantagem dos cearenses. O placar final foi 2 a 2, com gols de Edson Cariús para o Ferrão.
A igualdade deu a vaga ao Timão devido ao regulamento da primeira fase da Copa do Brasil, que dá ao time visitante, mais bem ranqueado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a vantagem de empatar para seguir ao duelo seguinte.
O clube do Parque São Jorge agora espera o vencedor do duelo entre Avenida-RS e Guarani, marcado para a quarta-feira da semana que vem, dia 13 de fevereiro, em Santa Cruz do Sul. Os paulistas têm a vantagem do empate. Não há data marcada para o embate.
O jogo começou com o Alvinegro trabalhando a bola na defesa e empurrando o time cearense para o seu campo, apostando em um duelo de maior criatividade do que o apresentado contra o Palmeiras. A estratégia quase deu resultado quando Henrique aproveitou que o rival ignorou sua capacidade de criar, ficou livre e lançou para Gustagol. O centroavante ajeitou para Love, que pegou de primeira e mandou por cima do gol.
A chance pareceu assustar o Ferrão, que não conseguiu sair da retaguarda até os 15 minutos, quando uma sucessão de erros corintianos possibilitou isso. Manoel dominou mal a bola no ataque, perdeu na corrida e não evitou o cruzamento. Henrique não afastou e Cariús recolocou a redonda na área.
Fagner tirou parcialmente, mas Janeudo e mandou na cabeça de Enercino, que subiu mais alto que Manoel e acertou a trave de Cássio. A bola correu em cima da linha e Cariús dividiu com Henrique para abrir o placar. O esforço dos cearenses, porém, se esvaiu quando Gleibson parou cabeçada de Manoel e, impressionantemente, não conseguiu controlar a bola, deixando a viva para Gustagol empatar o duelo.
O 1 a 1 não tranquilizou o Timão, que quase foi vazado em mais um vacilo da zaga, deixando Cariús livre para chutar de primeira e mandar para fora. Insegura, a dupla Henrique e Manoel sofreu com as investidas até o intervalo, ainda que os “mandantes” não tenham criado mais lances de perigo. Na frente, o Corinthians sofreu com a má atuação do trio Ramiro, Sornoza e Jadson, sem oportunidades.
Mesmo com a atuação abaixo da crítica na etapa inicial, o técnico Fábio Carille confiou nos mesmos atletas para retornar aos 45 minutos finais, pensando em um ajuste tático. O problema, no entanto, voltou a ficar grande aos nove, quando a zaga manteve seu nível de erros, Manoel deixou Cariús livre de marcação para finalizar e viu o centroavante mandar no canto de Cássio, sem chances de defesa.
Carille rapidamente acionou Mateus Vital para mexer na disposição da sua equipe, mas contou com o excelente momento de Gustagol para evitar o desespero. Depois de bola mal afastada pela defesa, Sornoza tocou de cabeça e achou o centroavante na área. Mesmo com o pé esquerdo, o camisa 19 acertou lindo chute, no ângulo de Gleibson, e deixou tudo igual.
O treinador corintiano rapidamente utilizou suas outras alterações, mandando a campo Pedrinho e Boselli nos lugares de Vagner Love e Gustagol, visivelmente cansados. Os lances de perigo, no entanto, seguiram saindo para o Ferroviário, que só não fez 3 a 2 aos 25 minutos porque Cássio praticou um milagre em chute cruzado de Enercino, dentro da área.
O domínio físico e tático dos cearenses foi tamanho que o Timão passou a ganhar tempo sempre que pôde, fosse nos laterais ou nos tiros de meta cobrados por Cássio. O alento do ataque foi que Boselli conseguiu segurar uma ou outra bola na frente, gastando alguns minutos e deixando a defesa respirar. A torcida chiou e até vaiou, mas a vaga ficou com os paulistas.